Tubulações de água feitas com amianto não causam risco à saúde
A rede de desinformação a respeito dos supostos riscos causados pelo amianto crisotila à saúde segue de vento em popa. Na última quarta-feira (17/12), nota publicada no Blog Jorge Vieira informa que o prefeito de Caxias, no Maranhão, irá trocar parte da tubulação de água da cidade, de amianto, por canos de PVC. Isso porque o amianto seria cancerígeno.
Assim, cabe mais uma vez esclarecer que
produtos de fibrocimento com amianto não oferecem risco nenhum à saúde humana,
sendo esta afirmação respaldada por diversos estudos nacionais e
internacionais. Da mesma forma, jamais foi registrado na literatura médica
mundial, em tempo algum, caso de doença relacionado ao uso desses produtos,
inclusive telhas e caixas d’água.
A cidade de New York, por exemplo,
possui tubulações de amianto, bem como San Francisco, Chicago e Paris, dentre
outras metrópoles importantes, o que certamente não desabona em nada o fato de
a cidade de Caxias integrar essa lista.
Convém lembrar que o amianto
utilizado no Brasil é do tipo crisotila, devidamente regulado por Lei Federal
(Lei 9.055/95) e submetido a rigorosa fiscalização. Cabe ressaltar que não há
registro, no mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de
fibrocimento com amianto, como telhas, caixas d’água e tubulações.
Pesquisa realizada pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, atestou que as fibras de amianto
crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas do fibrocimento: o
cimento e a celulose. As fibras do amianto crisotila representam menos de 10%
dos produtos e permanecem encapsuladas no cimento. Mesmo em condições severas
de desgaste, não se desprendem e não representam risco à saúde dos usuários.
O amianto, em rápida explicação, é um
mineral encontrado facilmente na natureza, está presente nos leitos de rios e
riachos e no ar que respiramos. O amianto só irá fazer mal à saúde se uma
pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras por muitos anos seguidos. Não é
o caso das tubulações.
Quanto aos continuados ataques que
são feitos ao uso do amianto, trata-se de uma guerra comercial que tem como
pano de fundo o interesse da indústria petroquímica internacional de introduzir
fibras sintéticas no mercado. As fibras artificiais conhecidas pelas siglas PP
e PVA, como se sabe, são derivadas de petróleo e são poluentes. Pior: a
Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, publicamente, após anos de
pesquisas e discussões, que elas oferecem risco indeterminado à saúde humana.
Mesmo assim, numa típica propaganda
enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e “recicláveis”. É o mesmo
que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como todos sabem, um saquinho
esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor. Já um pedaço de borracha
fica por tempo indeterminado.
Por tudo isso, é preciso que haja uma
reflexão ponderada e não emocional sobre o assunto, na expectativa de que se
leve em consideração tais argumentos em benefício da população e da boa e
correta informação.
Índice
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