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Caixas d’água de fibrocimento com amianto não oferecem risco à saúde
A desinformação ainda é
um problema que acaba levando a imprensa a divulgar notícias erradas quando está em
pauta produtos com amianto crisotila em nosso país. Exemplo disso foi
reportagem veiculada no último dia 1º no jornal O Tempo, de Minas Gerais, que ao tratar das trocas das caixas d’água
nas residências, lança dúvidas sobre aquelas contendo amianto. Em nota enviada
à redação, o Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) esclarece e oferece dados
precisos que atestam a completa segurança e a ausência de riscos à saúde humana
no uso desses produtos.
“Não há registro, no
mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de fibrocimento com
amianto, como telhas, caixas d’água e tubulações”, afirma o IBC na nota,
referenciando, para tanto, pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), de São Paulo, cujo resultado atesta que as fibras de
amianto crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas do
fibrocimento: o cimento e a celulose.
Leia, abaixo, a íntegra
da nota do IBC encaminhada ao jornal:
“Em razão de notícia
publicada no jornal O Tempo no último
domingo (1/3), caderno Classificados, sob o título “Cresce a procura por
segunda caixa d’água nas residências”, o Instituto Brasileiro do Crisotila
(IBC) gostaria de prestar alguns esclarecimentos sobre produtos que utilizam o
amianto como matéria-prima e, dessa forma, corrigir claros equívocos que
constam da reportagem.
A notícia afirma
corretamente que o fibrocimento com amianto é “um produto com alta durabilidade
e barato”, mas erra ao mencionar que “não há certeza sobre a segurança
ambiental do uso do amianto, nem se ele representa riscos à saúde”.
Cabe esclarecer que produtos
de fibrocimento com amianto (como é o caso das caixas d’água) não oferecem
risco algum à saúde humana, sendo esta afirmação respaldada por diversos
estudos nacionais e internacionais. Da mesma forma, jamais foi registrado na
literatura médica mundial caso de doença relacionado ao uso desses produtos,
inclusive telhas e tubulações de água potável.
Não há registro, no
mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de fibrocimento com
amianto, como telhas, caixas d’água e tubulações. Pesquisa realizada pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, atestou que as fibras
de amianto crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas do
fibrocimento: o cimento e a celulose. As fibras do amianto crisotila representam
menos de 10% dos produtos e permanecem encapsuladas no cimento. Mesmo em
condições severas de desgaste, não se desprendem e não representam risco à
saúde dos usuários.
Convém lembrar que o
amianto utilizado no Brasil é do tipo crisotila, devidamente regulado por Lei
Federal (Lei 9.055/95) e submetido a rigorosa fiscalização. As leis estaduais
que pretendem proibir o uso e a comercialização de produtos com amianto, por
óbvio, não têm o poder de revogar uma lei federal. E, por essa razão, as normas
estaduais são alvos de ações diretas de inconstitucionalidade que tramitam no
Supremo Tribunal Federal.
O amianto, em rápida
explicação, é um mineral encontrado facilmente na natureza, está presente nos
leitos de rios e riachos e no ar que respiramos. O amianto só irá fazer mal à
saúde se uma pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras por muitos anos
seguidos. Não é o caso das caixas d’água.
Quanto aos continuados
ataques que são feitos ao uso do amianto, trata-se de uma guerra comercial que
tem como pano de fundo o interesse da indústria petroquímica internacional de
introduzir fibras sintéticas no mercado. As fibras artificiais conhecidas pelas
siglas PP e PVA, como se sabe, são derivadas de petróleo e são poluentes. Pior:
a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, publicamente, após anos de
pesquisas e discussões, que elas oferecem risco indeterminado à saúde humana.
Mesmo assim, numa
típica propaganda enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e
“recicláveis”. É o mesmo que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como
todos sabem, um saquinho esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor.
Já um pedaço de borracha fica por tempo indeterminado.
Para que fique claro.
Não existe um só relato, no mundo inteiro, de pessoa que tenha contraído doença
por usar produtos de fibrocimento com amianto. E esses produtos estão sendo
utilizados há quase um século. Tome-se como exemplo Brasília, capital da
República, que desde a sua fundação utiliza tubulações e telhas de amianto, muitas
das quais recobrindo órgãos públicos.
Por isso tudo,
esperamos que os equívocos sejam esclarecidos e nos colocamos à disposição para
sempre contribuir para a correta informação aos leitores do jornal.
Marina
Júlia de Aquino
Presidente
Instituto Brasileiro do
Crisotila (IBC)”
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