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A difícil arte de bem informar


Não é todo o dia que assistimos ou lemos matérias sobre o uso do amianto que sejam equilibradas e amparadas em dados científicos e confiáveis. Dessa forma, fica o registro positivo em nosso blog sobre a reportagem da TV Diário, de Mogi das Cruzes (SP), veiculada na edição desta quarta-feira (11/03) do programa Bom Dia São Paulo, da Rede Globo. Apesar de mais uma vez se verificar o alarde desnecessário envolvendo tubulações feitas com amianto, a reportagem ouviu também um especialista que explicou a ausência de riscos à população  no fato de canos com amianto em sua composição terem rompido próximo a uma rodovia.

A reportagem tratava da preocupação da prefeitura de Santa Isabel , região metropolitana de São Paulo, com a rede de água e esgoto da cidade, cuja tubulação próxima a uma autoestrada acabou rompendo. Como de costume, o alarmismo e a irresponsabilidade tomaram lugar frente à “possibilidade do material de causar câncer”.

No entanto, a reportagem encerra com a entrevista do médico oncologista Ricardo Motta que, tranquilizando a população local, explicou que não há qualquer risco em razão da tubulação da cidade ser feita de amianto, nem no fato de pedaços dos canos de cimento ficarem expostos, ao ar livre.
Wikimedia Commons

Ao contrário do que sugere o diretor de Água e Esgoto do município e um engenheiro ambiental também ouvido pela reportagem, não há qualquer risco à saúde da população.  É válido destacar ainda que a estimativa de ocorrência de 107 mil mortes por ano provocadas por câncer de pulmão relacionado ao amianto, atribuída à Organização Mundial de Saúde e citada na reportagem, é contestável em virtude de não se conhecer a base de dados sobre a qual essa conclusão foi projetada.  Vale lembrar que, além de provocar pânico na população, a troca desnecessária da tubulação onera os cofres públicos.

Sendo um mineral abundante em toda a crosta terrestre, presente nos leitos dos rios, lençóis freáticos e até no ar que respiramos, o amianto é  naturalmente disperso na atmosfera. O risco de adoecimento só existe no nível ocupacional e mesmo assim se o trabalhador ficar exposto por um longo período de tempo à fibra, podendo assim inalar grandes quantidade. Isso só ocorre quando não há qualquer preocupação ou cuidado com a proteção na indústria ou mineração . Isso não acontece mais porque a segurança é total.

Apenas o uso do amianto crisotila é autorizado no Brasil e mesmo assim é regulado por uma rigorosa lei federal (9.055/95). Alguns estados sancionaram leis para banir o uso deste mineral na cadeia produtiva, entre estes São Paulo, mas a constitucionalidade dessas normas se encontra em discussão no Supremo Tribunal Federal, nossa mais alta instância de Justiça.

A presença de amianto na rede esgotos não representa qualquer risco à população, porque ao ser integrado à composição do fibrocimento, o amianto perde sua propriedade de ser inalável.  Como evidência, vale citar estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, que  demonstrou que as fibras de amianto crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas que compõem o fibrocimento – o cimento e a celulose –, como se encapsuladas. Mesmo sob condições severas de desgaste, essas fibras não se desprendem, nem representam risco à saúde dos usuários. Essa mesma preocupação se verificou durante os trabalhos de retirada dos escombros das torres gêmeas do World Trade Center, destruídas por terroristas em 2001. A ausência de risco foi atestada pelo Centro de Estudos Aplicados de Ciências Ambientais e da Terra, da Escola de Pós-Graduação e Centro Universitário da City University of  New York.

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