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O que está por trás da campanha contra o amianto
Um dos pontos levantados pelo presidente
da ABIFibro é de que os produtos feitos a partir de poli álcool vinílico
(PVA) e polipropileno (PP) são mais seguros, ecológicos e de fácil descarte.
Para a presidente do IBC, a declaração de Paes não passa de “propaganda enganosa da
pior qualidade”, uma vez que não há estudos que comprovem que a fibra derivada
do petróleo é 100% segura. Ao contrário disso, Marina cita documento da OMS com
indicação de que fibras de PP (polipropileno), PVC (cloreto de polivinil) e PVA
(álcool polivinílico) são respiráveis e altamente biopersistentes.
João Carlos Paes atualmente é presidente
ABIFibro, associação que representa um único fabricante de telhas produzidas a
partir do polipropileno (fibra sintética produzida unicamente por esta
empresa), mas foi funcionário da SAMA -Minerações Associadas, período
durante o qual trabalhou intensamente pela defesa do uso seguro do mineral.
Segue o texto publicado no Portal Amazonas Notícias.
Do Amazonas Notícias
O que está por trás da campanha contra o amianto
Publicado: Quarta, 16 Outubro 2013 15:58
Marina Júlia de Aquino -
Presidente Executiva do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC)
Em recente artigo
publicado neste site, tratando do uso do amianto na produção de telhas e caixas
d’água, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Distribuidores
de Produtos de Fibrocimento (ABIFibro), João Carlos Duarte Paes, declarou que
os produtos feitos a partir de poli álcool vinílico (PVA) e polipropileno (PP),
são mais seguros, ecológicos e de fácil descarte.
Por respeito à população do Amazonas, que há décadas faz uso dos produtos de fibrocimento com amianto, é necessário esclarecer alguns pontos da polêmica que se formou em torno deste assunto e identificar os personagens nele envolvidos. A começar pelo próprio presidente da ABIfibro, que até há poucos anos era um dos maiores defensores do amianto. Durante mais de 20 anos de sua vida profissional, funcionário da SAMA Minerações Associadas, período durante o qual trabalhou intensamente pela defesa do uso seguro do mineral.
Como pode ele afirmar que a fibra derivada do petróleo oferece maior segurança? Baseado em que estudo? O que se sabe, mas não se divulga, é que em 2005 a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou em Lyon, na França, um Workshop para avaliar a carcinogenicidade das fibras alternativas ao amianto crisotila e o relatório final afirma que as fibras de PP (polipropileno), PVC (cloreto de polivinil) e PVA (álcool polivinílico), são respiráveis e altamente biopersistentes. Entretanto os dados são escassos e seu potencial de perigo para seres humanos foi considerado indeterminado.
O mesmo documento acrescenta que “em instalações que produzem fibras de polipropileno, foi possível verificar que há exposição a fibras respiráveis” deste material. Coincidentemente, há mais de 10 anos os trabalhadores do setor do fibrocimento pedem que as fábricas que utilizam as fibras sintéticas adotem práticas de uso seguro e sejam fiscalizadas com o mesmo rigor das que usam amianto crisotila. Porém, nenhuma providência foi tomada até agora.
Com relação à questão do
meio ambiente, chamar as telhas de PP e PVA de “ecológicas” é propaganda
enganosa da pior qualidade. É o mesmo que dizer que o plástico faz bem à
natureza. Como todos sabem, um pedaço de plástico esquecido no chão demora até
450 anos sem se decompor. E de que são feitos esses produtos? A resposta, o
presidente da ABIfibro sabe muito bem, mas ele prefere usar a palavra
“reciclagem” como se fosse um passe de mágica para resolver o que fazer com
esses produtos. Tenha paciência, a natureza não faz mágica.
Quanto à telha de
amianto crisotila, sua composição reúne, exclusivamente, cimento, calcário,
celulose e o próprio amianto (menos de 10%), todos eles provenientes da
natureza e tratados com o cuidado que cada um exige. O setor é controlado por
uma lei (diga-se de passagem, uma das leis mais rigorosas do mundo) que está em
vigor há quase vinte anos, contribuindo com o desaparecimento de doenças
ocupacionais relacionadas ao uso do crisotila.
Logo, é estranho quando
uma pessoa que dedicou a maior parte de sua vida profissional à mineradora de
amianto crisotila no Brasil e foi, até meados de 2000, um dos mais aguerridos
defensores desse mineral no país e no mundo, de súbito se transforma em
empedernido propagandista das fibras sintéticas.
Em março de 1992, como
presidente da então Associação Brasileira do Amianto (ABRA), o Sr. João Carlos
comemorou a decisão do Tribunal de Apelação dos Estados Unidos anulando uma
tentativa de proibição do uso do amianto em território norte-americano com
essas palavras: “Todo o processo foi acompanhado por nós com grande interesse.
Temos na ABRA uma enorme bibliografia com pareceres dos mais importantes
especialistas do mundo sobre o assunto e todos demonstram que uma proibição
seria absurda”. Tudo isso está registrado na imprensa.
E disse mais,
reconhecendo que o Brasil possui uma das mais avançadas legislações sobre o uso
do amianto, baseadas na Convenção 162 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), que trata do uso seguro, ratificada pelo governo e normatizada através
de Portaria do Ministério do Trabalho. Não devemos esquecer que o Sr. João
Carlos chegou a ser agraciado com o título de Cidadão de Minaçu, a cidade onde
morou e trabalhou por longos anos, na qual está localizada a única mina de
amianto crisotila em atividade no Brasil e terceira maior do mundo.
O que houve desde então
para ostentar o título de presidente de uma associação (ABIFibro) que, a julgar
pelos seus registros, representa um único fabricante de telhas, sendo essa
mesma empresa a dona da indústria de fibras sintéticas, só ele pode dizer.
Por fim, resta informar que o Instituto Brasileiro do
Crisotila (IBC) reúne todas as 08 empresas de fibrocimento com amianto
crisotila, todos os trabalhadores do segmento, através de seus sindicatos e o
governo (federal, estadual e municipal), sendo, portanto, legítima porta-voz do
setor e para o qual desenvolve ações com vistas à saúde e segurança de todos os
envolvidos no processo produtivo do amianto crisotila. Ao mesmo tempo, abre as
suas portas abertas para receber qualquer pessoa que queira conhecer a atual
realidade do amianto, com clareza, objetividade e em nome da verdade.
Índice
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- março (4)
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- agosto (2)
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