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Nenhum produto deve ser proibido em virtude do perigo pelo uso indevido


O artigo abaixo, assinado pelo diretor da Sama Minerações, Rubens Rela Filho, foi publicado na edição desta sexta-feira (8/5) do jornal O Globo. O texto responde às desinformações veiculadas pelo deputado estadual Carlos Minc (PT-RJ) no mesmo espaço, dois dias antes. Leia a íntegra:


Rubens Rela Filho


O artigo publicado no GLOBO, na segunda-feira, com o título “Ecologia humana”, do deputado estadual Carlos Minc (PT-RJ), tem dados equivocados e distorcidos sobre o uso do amianto no Brasil. Não existe nem existirá mais qualquer caso de doença relacionada ao amianto no país. O motivo é simples: o uso do amianto hoje é totalmente seguro e não oferece riscos à saúde.


Seu uso é regulado pela Lei (federal) 9.055/95. Mas existem pelo menos sete ações questionando leis estaduais, que proíbem o amianto, no Supremo Tribunal Federal. Há grandes chances de essas leis, como a do Rio de Janeiro, por exemplo, serem consideradas inconstitucionais.


Dois votos já foram proferidos. Em seu voto, o ministro Marco Aurélio destacou que “se o amianto deve ser proibido em virtude dos riscos que gera à coletividade ante o uso indevido, talvez tenhamos de vedar, com maior razão, as facas afiadas, as armas de fogo, os veículos automotores, tudo que, fora do uso normal, é capaz de trazer danos às pessoas”. O posicionamento mostra, claramente, que nenhum produto deve ser proibido em virtude do risco pelo uso indevido. Caso contrário, muitos seriam banidos do mercado.


É fundamental esclarecer que, no passado, existiu um tipo de amianto conhecido como anfibólio. Trabalhadores que passaram muitos anos em contato com esse tipo de amianto, sem os cuidados existentes hoje, contraíram doenças. Mas agora os tempos são outros. O anfibólio foi banido no mundo inteiro. Trabalhadores que entraram nas minas e fábricas, no Brasil, a partir de 1980, não tiveram qualquer tipo de alteração na saúde relacionada ao amianto. Além disso, os casos de câncer mencionados no artigo não podem ser relacionados com o uso seguro do amianto no Brasil. É de conhecimento médico que outros fatores, como os genéticos, podem desencadear vários tipos de câncer — inclusive os mencionados no artigo.


Hoje, o amianto usado no Brasil é o crisotila, permitido em mais de 150 países. Não oferece riscos à saúde de trabalhadores, de quem comercializa ou de quem usa telhas com a fibra. Mais de 50% das casas brasileiras são cobertas com telhas desse mineral. Milhões de pessoas viveram e vivem décadas em residências cujas caixas-d’água e telhas são feitas com o amianto crisotila. Não há um único caso de usuário que tenha contraído qualquer tipo de doença por isso. Aliás, a telha de polipropileno, defendida por empresas concorrentes para substituir o amianto, não é resistente, é mais cara, polui o meio ambiente e sofre deformação com o tempo. Além disso, acumula água e pode ser um foco para o mosquito da dengue.


Na Europa, a Justiça tem barrado iniciativas de organizações, advogados, médicos e seguradoras que dizem defender “vítimas do amianto”. O Judiciário europeu está tendo um olhar mais profundo sobre argumentos jurídicos e científicos sólidos. A base das decisões judiciais são fatos reais, e não meras manipulações. A expectativa é que ocorra o mesmo no Brasil, onde hoje o amianto é usado de forma segura.


Rubens Rela Filho é diretor-geral da Sama Minerações

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