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O Brasil não precisa banir o amianto
[artigo originalmente publicado em 10 de março de 2017 no portal Notícias de Mineração Brasil]
A
desinformação, assim como uma mentira repetida várias vezes, é extremamente
danosa à sociedade, mas infelizmente existem pessoas que em nome de um falso
princípio de precaução preferem aceitar meias verdades. A desinformação sobre a
variedade de amianto que o Brasil extrai e industrializa, é um exemplo desse
fato.
É
preciso que a sociedade brasileira entenda que casos de doenças relacionadas ao
uso do amianto crisotila em nosso país foram banidos na década de 1980, não
existem mais. E como comprovar isso? A cadeia produtiva está de portas abertas
para a sociedade. Conhecer a realidade dos trabalhadores na atualidade na
mineração e nas fábricas é talvez o caminho da desconstrução de tantas mentiras
repetidas.
Atualmente,
em torno de 50% das casas do país têm telhas com o amianto crisotila porque o
material é de baixo custo, o que beneficia a população. E mais de 90% do mundo
usa a substância. Alguns argumentam que o amianto foi proibido em 50 países,
onde vive apenas 11% da população mundial. Entretanto, em 150 países é permitido
o uso da substância. Entre eles, estão os Estados Unidos e o Canadá,
reconhecidos pelo rigor na produção, venda de produtos e cuidados com a saúde
da população. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, 50% das tubulações de
água são feitas em amianto. E na União Europeia está permitido o uso de amianto
crisotila até 2025 para fabricação de cloro e soda.
Não
corresponde à verdade dizer que o amianto é responsável pela morte de 100 mil
pessoas no mundo. Isso é apologia ao terror, é crime! Onde estão essas vítimas?
Onde estão seus atestados de óbito? Fala-se vagamente, mas nunca esses dados
foram comprovados. Além disso, o amianto não é e nunca foi no Brasil uma
questão de saúde pública. Se assim fosse, mais da metade dos brasileiros que
moram, alguns há muitas décadas, sob coberturas com telhas de fibrocimento com
amianto, já tinham adoecido ou morrido. Quem seria capaz de esconder tamanha
epidemia? Mas a quem interessa criar pânico na população? A resposta é simples.
Somente a quem não tem qualidade para se estabelecer no mercado.
O
amianto crisotila - importante destacar - é cerca de 500 vezes menos perigoso
do que o amianto do tipo anfibólio, este, sim, proibido no mundo todo, mas que
se presta a confundir o público que desconhece as diferenças de um e de outro.
Vários estudos feitos ao redor do mundo por órgãos insuspeitos demonstraram que
o uso correto do amianto crisotila é seguro.
Localizada
no município de Minaçu, norte de Goiás, a mina de Cana Brava é a única de
exploração de amianto crisotila em atividade no Brasil e a terceira maior
reserva desta fibra mineral no planeta. A chegada da SAMA S/A Minerações
Associadas na região compõe uma história de busca por equilíbrio e excelência
na exploração de recursos naturais, de gestão das relações de trabalho,
compromisso com a qualidade do produto, competividade e respeito ao consumidor.
O
maior testemunho disso é dado pelos trabalhadores, seus familiares e a
população de Minaçu. A extração do amianto crisotila feita em bases racionais
no norte de Goiás é um modelo a ser seguido em um país que necessita de bons
exemplos.
Em
2016, a SAMA foi agraciada pela revista In The Mine com o
Prêmio Green Mine'2016, de Sustentabilidade na Mineração. A premiação avaliou
todas mineradoras com atividade no Brasil a partir dos melhores projetos de
2015, com o foco nos aspectos econômico, ambiental e social.
No
mesmo ano, conquistou o primeiro lugar do Great Place to Work Brasil 2016
(GPTW) da revista Época como a melhor empresa para trabalhar
no Brasil na categoria Médias Empresas Nacionais e em quarto lugar na América
Latina. O Great Place to Work é pioneiro em conduzir essa pesquisa em mais 52
países. Pela revista Você S/A, a mineradora também ficou em
primeiro lugar dentre 150 brasileiras avaliadas.
O
primeiro lugar nessa categoria foi igualmente conquistado no Centro-Oeste do
Brasil. Em 2014, a mineradora recebeu, ainda, o prêmio concedido de meio
ambiente pelo Conselho Regional de Engenharia Agronômica de Goiás (CREA) na
modalidade "Meio Físico". O prêmio foi dado pelo projeto da SAMA de
"Recuperação Ambiental das Pilhas de Deposição de Estéril e Rejeito na
Mina de Cana Brava".
A
SAMA possui um departamento de Saúde Ocupacional (SAO) que atua permanentemente
na orientação e prevenção de doenças ocupacionais. Criado em 1977, o
departamento tem como principal objetivo orientar e acompanhar trabalhadores e
prestadores de serviços sobre cuidados com a saúde, visando eliminar riscos
ocupacionais, por meio de programas específicos. Os critérios de segurança são
semelhantes aos do ISO 9000, de Gestão de Qualidade, do ISO 14001, de Meio
Ambiente, e do OHSAS 18001, de Saúde e Segurança Ocupacional, certificados
estes concedidos, respectivamente, em 1996, 1998 e 2010 e renovados,
anualmente, à mineradora.
Por
tudo isso, retirar o amianto de cena equivale a pôr em risco inúmeros empregos
e até programas de habitação social. As chamadas fibras alternativas de
polipropileno (PP), sintéticas, derivadas de petróleo, além de não resolverem o
déficit de cobertura de moradias, deixam a construção civil brasileira refém de
uma única empresa multinacional que as produzem. Se a opção for pelas fibras de
PVA, de novo cairemos em mãos estranhas, desta vez de grupos do Japão e da
China. O caminho correto é apenas criar ambientes seguros de trabalho. E esse
caminho vem sendo trilhado no Brasil.
Rubens Rela é diretor-geral da
SAMA S/A Minerações Associadas e presidente do Conselho Superior do Instituto
Brasileiro do Crisotila (IBC).
Índice
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