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SAMA é a melhor empresa com práticas de gestão ambiental e sustentabilidade
Cilene Bastos,
chefe da área de projetos sociais e sustentabilidade da mineradora, ao receber
o prêmio
A SAMA conquistou outra grande premiação em âmbito
nacional, desta vez como melhor empresa com práticas reconhecidas de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade. A distinção foi concedida por ocasião do 17º Top
Of Mind de RH, promovido pela Editora Fênix. A cerimônia de premiação ocorreu
no dia 22 de outubro, em São Paulo.
O certame
seleciona empresas e profissionais por meio da consulta com a comunidade de
recursos humanos. São 32 categorias de práticas avaliadas para fim de concessão
do prêmio.
No caso específico da SAMA, a mineradora apresentou
dados relativos à reserva florestal sob responsabilidade da empresa, detalhando
assim algumas das ações de preservação e os investimentos feitos para sua
manutenção.
“Essa
lembrança do mercado é relevante e se estende a toda empresa, possibilitando a
mudança de paradigmas e aperfeiçoando nossas práticas na busca pela excelência,
incluindo a inovação e a melhoria contínua em nossa atividade”, destaca o
diretor-geral da SAMA, Rubens Rela.
O mito do risco da telha de fibrocimento
[Resposta à reportagem publicada no jornal Diário Catarinense, alertando
para o risco das telhas de fibrocimento quebradas e espalhadas pela cidade de Lages.]
Inicialmente, gostaríamos de expressar nossa
completa solidariedade à população de Lages, atingida por temporais de granizo
que na última semana danificaram inúmeras residências. Ao mesmo tempo, nos
conforta a notícia de que o governo municipal está tomando as providências
cabíveis no sentido de depositar em local adequado os resíduos da destruição.
Contudo, com relação à reportagem publicada neste
jornal (“Pedaços de telhas com amianto causam riscos”, edição de 25/10),
tornam-se necessários os esclarecimentos a seguir que objetivam, de um lado,
contribuir com informações de cunho técnico-científicas sobre o assunto, e, de
outro, tranquilizar a comunidade diante de um tema geralmente tratado de
maneira controversa.
No caso das telhas de fibrocimento, mais de 90% de
sua composição é de cimento, calcário e papel celulose, sendo o restante (menos
de 10%, pois os percentuais não são absolutos) de amianto do tipo crisotila,
cuja extração e comercialização no Brasil seguem normas de segurança
extremamente rigorosas.
Estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), de São Paulo, concluiu, em 2006, que as fibras de amianto
crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas das telhas de
fibrocimento – o cimento e a celulose –, como se encapsuladas, e mesmo sob
condições severas de desgaste, não se desprendem e não representam risco à
saúde dos usuários.
Cabe ressaltar que não há registro, no mundo
inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de fibrocimento com
amianto, inclusive caixas d’água. O amianto crisotila é um produto natural,
presente em dois terços da crosta terrestre, nos leitos dos rios, riachos,
lençóis freáticos e até no ar que respiramos. Todos esses dados podem ser
facilmente checados à luz de estudos científicos.
A esse respeito, recomendamos leitura do relatório
final da pesquisa “Projeto Asbesto Ambiental – Exposição Ambiental ao Asbesto:
avaliação do risco e efeitos na saúde”, coordenada pela Universidade de São
Paulo (USP), com participação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade Federal de Goiás
(UFG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Disponível no link:
A preocupação com resíduos de fibrocimento
verificou-se também durante os trabalhos de retirada dos escombros das torres
gêmeas do World Trade Center, destruídas por terroristas em 2001. A ausência de
risco foi atestada pelo do Centro de Estudos Aplicados de Ciências Ambientais e
da Terra, da Escola de Pós-Graduação e Centro Universitário da City University
of New York.
Por fim, importante deixar claro que o amianto só
irá fazer mal à saúde se uma pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras
por muitos anos seguidos, podendo, nesse caso, contrair doenças nos pulmões,
inclusive câncer. Está provado, cientificamente, que mesmo se fosse ingerido, o
amianto não faria mal aos demais órgãos humanos.
Desinformação compromete debate sobre o amianto crisotila
[Considerações sobre a reportagem "Projeto de lei discute o banimento do amianto em Santa Catarina", publicada na edição de domingo (19/10) do jornal Diário Catarinense. Matéria sobre projeto de lei da Assembleia Legislativa de Santa Catarina que bane o amianto crisotila no estado.]
Não é possível debater a necessidade
de banimento do amianto sem antes considerar a diferença existente entre as
formas desta fibra mineral: o anfibólio e o crisotila. Aliás, alguns cientistas
são enfáticos em afirmar que não existe um mineral chamado amianto,
tratando-se, na verdade, de uma “terminologia comercial”.
O amianto anfibólio foi usado em
larga escala na Europa, por décadas, sobretudo nos anos do pós-guerra e sem
qualquer procedimento ou preocupação com a segurança. Por tratar-se de uma
fibra com alta concentração de ferro e por ter estrutura rígida e pontiaguda,
de difícil eliminação pelo sistema respiratório humano, seu uso sem controle
acarretou em adoecimento e morte de trabalhadores na Europa ao longo de anos.
Por isso, seu uso foi banido em praticamente todo o mundo.
Já o crisotila, cuja utilização no
Brasil é regulada por lei, possui silicato hidratado de magnésio em sua
composição, o que resulta numa estrutura fibrosa flexível, fina e sedosa, facilitando
a sua eliminação pelo organismo, caso seja inalado. Enquanto a fibra do amianto
anfibólio pode permanecer mais de um ano nos pulmões, a de crisotila é expelida
em no máximo 2,4 dias. Ou seja, para provocar um possível dano à saúde humana
seriam necessários anos e anos de exposição do trabalhador a altas
concentrações de poeira do crisotila, sem qualquer cuidado.
Veja que a Comunidade Europeia
(Diretiva nº 69/1997) concluiu que para ser considerada cancerígena a fibra
deve apresentar biopersistência (tempo de permanência no organismo) superior a
10 dias.
No Brasil, apenas o uso do crisotila
é autorizado em todos os setores, incluindo a indústria do fibrocimento. Porém,
embora não ofereça mais riscos do que outros produtos utilizados na indústria
nacional― como o carvão, o mercúrio ou alumínio― o amianto, por pertencer ao
grupo genérico de rochas metamórficas fibrosas conhecidas por asbestos, sofre
uma irracional campanha difamatória sem precedentes na história da propaganda.
Veja que não há um único dado que
assegure a existência de caso de adoecimento registrado após os anos 80, no
Brasil, quando o crisotila passou a ser utilizado dentro de padrões mais altos
de segurança. Desta forma, oferecemos, respeitosamente, algumas considerações
sobre o conteúdo da referida reportagem:
1) A reportagem informa genericamente
que “mais de 60 países baniram o amianto”, mas não esclarece que em
outros 130 o uso do crisotila é permitido, entre eles os Estados Unidos e o
Canadá, que são nações reconhecidas pelo alto rigor na produção e
comercialização de produtos e nos cuidados com a saúde de suas respectivas
populações. Além disso, mesmo nos países da Comunidade Europeia, onde se
localiza boa parte das nações que proíbem o mineral, o uso do amianto é permitido
para produzir cloro, sem o qual não se consegue abastecer de água potável os
centros urbanos ou mesmo se proceder com a fabricação de milhares de
medicamentos que levam o cloro em sua composição.
2) No mesmo sentido, é informado que
seis estados proíbem o amianto e que, em Santa Catarina, um projeto de lei, que
tramita na Assembleia Legislativa com a mesma finalidade, pode ser aprovado
ainda este ano. Porém, é imprescindível para a compreensão acerca da questão
jurídica envolvendo o tema o dado de que o Supremo Tribunal Federal julga
atualmente ações que questionam a constitucionalidade dessas leis. Até o
momento, há um voto favorável a essas leis locais, do ministro aposentado
Carlos Ayres Britto, é um voto contrário, dado pelo ministro Marco Aurélio.
3) A matéria informa que mesmo
banido, de acordo com autoridades, os efeitos do uso do amianto, seriam “
sentidos na saúde pública por mais 40 anos” e que “o Ministério da Saúde
contabilizava mais de 2,4 mil mortes no Brasil, 47 em Santa Catarina, por mesotelioma”. O fato é que não há dado minimamente
embasado que mostre que qualquer desses casos corresponda ao uso do amianto
crisotila a partir dos 1980 até o presente. Após a sanção da Lei Federal
9.055/95, que baniu o anfibólio e regulamentou o uso do crisotila no país, a
segurança à saúde do trabalhador passou a ser total e os riscos à saúde foram
erradicados.
4) Veja que o Brasil tornou-se
referência de segurança na área. Embora o limite de fibra em suspensão no ar
tolerado por lei, em ambiente de trabalho com amianto, é de 2,0 f/m³, já
alcançamos o percentual de 0,1 f/m³, o que é vinte vezes inferior ao exigido
por lei. Desta forma, uma vez que os riscos à saúde foram erradicados, o
banimento não traria qualquer benefício à segurança do trabalhador ou à
sociedade. Não há qualquer dado que ateste o oposto. Pelo contrário, o
banimento do amianto tornaria o país vulnerável à adoção das chamadas fibras
sintéticas, derivadas do petróleo, cujo risco à saúde humana é considerado
indeterminado por autoridades sanitárias internacionais. Trocaríamos assim um
mineral exaustivamente estudado, com os riscos potenciais conhecidos e com
amplo um histórico de avanço tecnológico de proteção à saúde do trabalhador,
por uma tábula rasa, em que teríamos que recomeçar do zero. E mais: os acordos
firmados entre empregadores e empregados no setor do amianto crisotila são
referência internacional em termos de direitos trabalhistas e compromisso com a
saúde. Daí, os próprios trabalhadores do setor serem os primeiros a defender a
escolha pelo uso seguro do crisotila à alternativa do banimento.
Governo do Peru regulamenta uso seguro do amianto crisotila

“O decreto é importante
porque mostra que o amianto crisotila, como qualquer outro mineral ou produto,
pode ser manuseado de forma segura por trabalhadores. Além disso, não oferece
qualquer risco para usuários de telhas e caixas d’água que têm o material”,
afirmou Rubens Rela, diretor-geral da SAMA Minerações, que opera a terceira
maior mina de amianto crisotila do mundo em Minaçu (GO).
Segundo ele, nos últimos
anos, concorrentes têm tentado a todo custo impedir o uso do amianto crisotila
no Brasil com o argumento de que este mineral pode causar riscos à saúde de
usuários e trabalhadores. “Não se pode tentar suspender uma atividade
empresarial apenas com base em meras suposições sobre possíveis riscos. Caso
contrário, poderia se cogitar também a suspensão da extração de carvão em minas
do país por riscos de doenças pulmonares”, disse Rela, lembrando que outras
atividades, como a produção de cimento, poderiam ser suspensas com base nessa
falsa premissa.
“É fundamental considerar que as atividades devem e são
controladas por legislações próprias seguidas pelas empresas. Se as legislações
não forem cumpridas, há mecanismos próprios para questionar e punir as
empresas”, afirmou.
Depois de mais de dois anos
de trabalho, que envolveu diversas pastas, o governo peruano reconheceu que não
havia como justificar uma proibição do produto. Com isso, todos os ministérios
se alinharam com a posição do uso seguro do crisotila, o que culminou na
publicação da regulamentação. O Decreto 28/2014, que entrará em vigor em 180
dias contados a partir de 4 de outubro passado, quando foi publicado, é
assinado pelo presidente do Peru, Ollanta Humala, e pelos ministros da Economia
e da Saúde, respectivamente Alonso Arturo Vasi e Midori Rospigliosi.
Para a presidente do
Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), Marina Júlia de Aquino, a
regulamentação no país vizinho reflete uma realidade atingida graças à
segurança alcançada desde a mineração, o transporte e a fabricação de produtos
de fibrocimento, que erradicou os problemas de doenças relacionadas com o
minério. “Quando se faz a diferenciação
do amianto anfibólio, tomando-se como referência os resultados dos estudos mais
aprofundados que a comunidade científica disponibiliza, percebe-se claramente
que não há razão para proibição do crisotila, mas sim para uma regulamentação”, disse.
Crisotila
movimenta a economia brasileira
A rede de produção de
amianto crisotila, que compreende mineração, indústria e fornecedores, é
responsável por mais de 170 mil empregos. Atualmente, a cadeia produtiva do
amianto crisotila movimenta R$ 3,7 bilhões por ano. E mais de 50% das casas
brasileiras são cobertas com telhas de amianto crisotila. Segundo Rela,
“milhões de pessoas viveram e vivem décadas em residências cujas telhas e
caixas d’água são de amianto e não existe um único caso de usuário que tenha
contraído qualquer doença por isso”.
SAMA, mais uma vez, entre as melhores do Brasil
A SAMA Minerações Associadas foi eleita a “Melhor
Empresa para Você Trabalhar” no setor de Indústrias Diversas, na 18ª edição do
prêmio publicado pela revista Você S/A (Editora Abril). É a nona vez que a
empresa figura entre as melhores do país, compensando o esforço de todo o corpo dirigente e de seus colaboradores no sentido de mostrar ao país que é possível trabalhar com toda segurança com o amianto crisotila. Como destacou o diretor-geral da SAMA, Rubens Rela (foto), no momento em que os concorrentes promovem campanhas difamatórias contra o amianto, a premiação
mostra a relevância dos serviços prestados pela empresa, que é tida como uma referência em todo o mundo.

Rela destacou o grau de satisfação dos
colaboradores com a empresa. Foram selecionadas 150 empresas pelo Guia As
Melhores Empresas Para Você Trabalhar. Na avaliação geral no ranking pelo
Índice de Felicidade no Trabalho, a empresa atingiu 89 pontos. Dentre as
principais questões avaliadas, 91,1% dos funcionários identificam-se com a
empresa. Os satisfeitos e motivados somam 85,7%. O mesmo percentual foi
apontado em relação à aprovação de seus líderes. Outros 81,1% acreditam ter
desenvolvimento. No quesito de nota do funcionário referente ao Índice de
Qualidade do Ambiente de Trabalho, a pontuação atingiu 85,6.
Na questão sobre o que a empresa oferece, a
classificação de pontos foi a seguinte: estratégia e Gestão 97,6; saúde 96,3;
liderança 98,7; cidadania empresarial 95,9; políticas e práticas 96,4; carreira
96,5; desenvolvimento 97,2 e remuneração e benefícios 95,5. O resultado geral
da empresa pelo índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP) chegou a 97
pontos.
O destaque positivo de acordo com os cases
analisados foi a iniciativa de que os estudantes da comunidade de Minaçu
participam de um programa de jovem aprendiz com duração de um ano e
possibilidade de contratação.
A metodologia do prêmio é desenvolvida pela
Fundação Instituto de Administração (FIA/USP). Trata-se da única pesquisa com
metodologia brasileira que, além de avaliar clima organizacional, analisa
práticas de gestão de pessoas e ouve – in loco – funcionários de todas as
empresas que se classificam para a segunda etapa do processo, com o objetivo de
garantir credibilidade à lista.
Este ano a SAMA também se destacou na categoria “Desenvolvimento”, na qual premia as empresas que incentivam a educação de seus colaboradores. O guia avalia as ações de treinamento, desenvolvimento e educação corporativa das empresas, e como elas se relacionam com as diretrizes estratégicas da empresa.
Além da premiação da Você S/A a Sama também foi premiada dez vezes, no ranking do GPTW – Great Place to Work, promovido pela revista Época. Este ano a mineradora conquistou o primeiro lugar como a Melhor Empresa para Trabalhar do Centro-Oeste, pelo mesmo instituto. E também figura entre as melhores da América Latina, em 2014 foi eleita a sexta melhor empresa, na categoria até 500 funcionários. A avaliação é feita pelos próprios empregados da empresa.
A segurança no transporte de amianto crisotila
Sempre que ocorre algum
acidente envolvendo transporte de produtos contendo amianto, notícias
alarmistas como se tratasse de um produto tóxico capaz de causar danos às
pessoas e ao meio ambiente costumam ser disseminadas. Um exemplo disso pôde ser
visto recentemente quando um caminhão carregado do mineral tombou numa estrada
próxima à cidade de Olímpia, interior de São Paulo, e o assunto ocupou boa
parte da mídia local.
Nesses casos, o
Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), por intermédio de sua área de
comunicação, age rápido no intuito de prestar esclarecimentos aos jornalistas
responsáveis pela cobertura, esperando com isso tranquilizar a população. O objetivo
é tratar o assunto com extrema objetividade e desassombro, sempre lembrando que
o transporte de amianto até as fábricas e o porto para exportação é feito por
empresas devidamente credenciadas para esse tipo de material.
As normas para
transportes seguem o mesmo rigor da Lei Federal nº 9.055/95, que regulamenta o
uso controlado do amianto crisotila e proíbe todos os outros tipos de amianto.
Por sua vez, o amianto crisotila é empacotado em saco de ráfia, produto
bastante conhecido no mercado por sua segurança e resistência.
A ráfia é de fácil
moldagem, resistente o impacto e usado para acondicionar produtos como
fertilizantes, produtos frigoríficos, rações, conexões, peças metalúrgicas e
até entulhos. Depois de aplicada uma costura interna, que dá maior segurança e
impede vazamento das fibras, o saco é envolvido em um filme plástico, que
reforça ainda mais a segurança.
A guerra do amianto e sua proibição
Por John Bridle
[artigo do pesquisador
John Bridle publicado em 1º de setembro
na revista espanhola de economia Capital - confira aqui o original em espanhol]
O debate em curso na Europa sobre a proibição de produtos que
tenham amianto em sua composição é motivado por interesses econômicos. Além
disso, a discussão desconsidera as diferenças entre os tipos de amianto: o crisotila
e o anfibólio.
O Asbestos Watchdog do Reino Unidos [NdT: organização fundada pelo autor do artigo para a divulgação de informações
cientificamente embasadas sobre o tema do amianto] aposta no uso do
primeiro tipo, melhor conhecido como amianto branco. E assim procede por considerá-lo um produto
econômico, que não apresenta os riscos à saúde decorrentes do uso do anfibólio.
Desta forma, a seu ver, a política adotada pela União Europeia sobre o tema se
baseia em uma opinião espalhafatosa que ignora a ciência, tomando como
referência tão somente o interesse econômico dos construtores, fabricantes de
fibras alternativas, e as desonestas reivindicações judiciais promovidas por
advogados que atuam no milionário nicho das indenizações.
O amianto é um dos assuntos mais mal
compreendidos e de maior carga emotiva. Além da ignorância acerca dos riscos relacionados à saúde,
existe uma grande fraude patrocinada por interesses escusos, o que resulta em
prejuízo para aqueles que foram verdadeiramente afetados pelas doenças
relacionadas ao mineral, ao passo que estes deixam de ganhar indenizações.
É preciso deixar claro que
não existe uma material chamado amianto. Trata-se de uma terminologia comercial para
uma grande variedade de minerais fibrosos. [Imagine: o chumbo e o mercúrio são
metais tóxicos, mas ninguém acredita que o aço também o seja apenas pelo
fato de ser um metal]. O debate, como referido, gira em torno do ‘amianto
branco’, que corresponde a 90 % do tipo de amianto presente na construção
civil. Pelo que se pode comprovar, são sólidas as evidências de que os riscos
deste tipo de mineral foram exagerados e distorcidos com a finalidade comercial
de favorecer um lobby que não tem como prioridade a saúde dos trabalhadores.
Isso é algo fácil de comprovar porque o crisotila é um mineral totalmente
distinto das demais fibras de amianto.
Estamos falando de um produto
responsável pelo desenvolvimento e a melhoria de vida de milhões de pessoas
durante décadas. Seu emprego imprudente no passado provocou doenças, não
piores que aquelas causadas por qualquer outro mineral que não foi extraído
dentro de padrões de controle que vigoram há mais de 50 anos. O carvão é um
bom exemplo, uma vez que provocou mais doenças do que o amianto branco, embora
ninguém considere sua proibição. Por conseguinte, inexistem, no presente,
doenças decorrentes do uso do amianto crisotila.
O crisotila tem uma natureza química e uma afinidade estrutural
com o cimento, o que faz do chamado fibrocimento um material seguro, econômico
e durável.
Todos estes argumentos estão apoiados em
um artigo publicado em 1996 pelo governo do Reino Unido, revisado por
cientistas e
apresentado na conferência da OMS, em Genebra, naquele ano. Trata-se do chamado
Informe Meldrum sobre a Toxicologia das
Fibras. O texto deixa claro que o crisotila não é a causa do mesotelioma, a
principal doença decorrente do uso do amianto, e, dessa forma, o fibrocimento NÃO
traz riscos mensuráveis à saúde. Um ano mais tarde, em 1997, o Secretariado
da International Ban Asbestos (IBAS) garantiu a representantes da EU e do Reino
Unido que o fibrocimento mataria 105 000 trabalhadores por ano. Desde 1996,
contudo, inúmeros outros artigos independentes reiteraram os resultados do
Informe Meldrum.
Um bom indicador das fraudes produzidas em torno do tema é se
questionar porque um lobby potente e com
interesses amplos gasta parte de seus fundos na campanha pela proibição do
amianto na União Europeia ou em qualquer país disposto a comprar seus
argumentos desencontrados. É necessário
ainda esclarecer porque as ações judiciais movidas por advogados americanos
financiam o IBAS. O objetivo da iniciativa do IBAS, em 2013, de propor a
remoção, nos limites da EU, do amianto presente em todo tipo de construção prejudicaria
economicamente milhares de empresas e proprietários de edifícios comerciais. No
entanto, a mesma iniciativa seria massivamente benéfica àqueles que apoiam sua
proibição [fundamentalmente empreiteiros e fabricantes de fibras alternativas].
Também permitiria que as ações indenizatórias se estendessem a qualquer um que
ALGUMA VEZ tenha tido contato com qualquer tipo de amianto.
Felizmente, o pleito do IBAS foi rejeitado com base na contestação apresentada pelo Watchdog Asbestos ao Parlamento da União Europeia. Em junho deste ano, a proposta de resolução foi negada.
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