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IBC e SAMA criticam interferência indevida do MP-PR no mercado de telhas


Em nota conjunta, o Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) e a SAMA Minerações criticaram nesta terça-feira (10/06) a orientação passada pelo Ministério Público do Paraná à Defesa Civil e à população no sentido de não utilizarem telhas de amianto na recuperação de telhados danificados pelos temporais que têm castigado o Estado. 

Além de extrapolar sua competência, o MP está interferindo em assunto que diz respeito ao mercado, afirmam a presidente do IBC e o Diretor-Geral da SAMA, Marina Júlia de Aquino e Rubens Rela, respectivamente, em ofício enviado ao procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia.

No mesmo ofício, eles lembram ao procurador que não existe, em todo o mundo, relato de pessoas que adoeceram por usarem telhas de fibrocimento contendo amianto, tendo sido esse fato também comprovado por inúmeras pesquisas científicas ao longo de quase um século de uso dessas telhas no Brasil. Citam, ainda, o fato de o comércio de telhas estar devidamente regulado por lei federal e submetido à fiscalização competente. “Indicar que produto o consumidor deve ou não utilizar, seguramente, não é papel dos dignos promotores ou procuradores de Justiça, mas uma opção do consumidor”, concluem.

Não é a primeira vez que procuradores tentam intervir no comércio de telhas em situações de calamidades. No ano passado, em meio às fortes chuvas que caíam sobre Santa Catarina, o Ministério Público do Trabalho procurou meios de impedir, inclusive, doações de telhas aos desabrigados. Só recuou depois que a população foi às ruas protestar e exigir a entrega do material.

Segue, na íntegra, o ofício encaminhado ao Ministério Público paranaense.


Ao Excelentíssimo Senhor
Procurador-Geral de Justiça do Estado do Paraná      
Dr. Gilberto Giacoia

Senhor Procurador-Geral,

O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Paraná divulgou nota orientando os promotores de Justiça de áreas atingidas pelas chuvas no Estado a aconselhar os moradores e a Defesa Civil a não utilizarem telhas de amianto na recuperação dos telhados danificados.

Tal recomendação, além de extrapolar a competência do órgão, é desprovida de fundamentação quanto à segurança do uso do material citado. Pesquisas chanceladas pelos mais respeitados centros de estudos, dentro e fora do país, concluíram, à exaustão, a inexistência de risco das telhas de fibrocimento com amianto aos usuários. 

Não há, na literatura médica mundial, um único caso de moléstia relacionada ao amianto em residências com esse tipo de cobertura em quase um século de observação.

Convém lembrar, ainda, que a matéria prima em questão é regulada por legislação federal (Lei nº 9.055/95), que compreende a extração, a industrialização e transporte, sendo, pois, uma atividade lícita.

Mais adequado, portanto, seria o MP, como fiscal da lei, dar exemplo à sociedade, em vez de importar para dentro da instituição uma disputa comercial que tem como leito natural o mercado.

Indicar que produto o consumidor deve ou não utilizar, seguramente, não é papel dos dignos promotores ou procuradores de Justiça, mas uma opção do consumidor, dentro das regras da livre concorrência e sob a proteção do Estado democrático de Direito.

Respeitosamente,
Marina Júlia de Aquino
Presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC)

Rubens Rela
Diretor-Geral SAMA S.A Minerações Associadas

Instituto alerta para perigo de tubos de plásticos


Em razão de matéria publicada no portal Diário do Vale (“CM tem substituição de toda rede de água por tubos plásticos”), gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos sobre produtos que utilizam o amianto como matéria-prima e, dessa forma, tranquilizar a população de Cândido Mota.

Os produtos de fibrocimento com amianto (como é o caso das tubulações de água potável) não oferecem risco nenhum à saúde humana, sendo esta afirmação respaldada por diversos estudos nacionais e internacionais. Da mesma forma, jamais foi registrado na literatura médica mundial caso de doença relacionado ao uso desses produtos, inclusive telhas e caixas d’água. 

A cidade de New York, por exemplo, possui tubulações de amianto, bem como San Francisco, Chicago e 
Paris, dentre outras metrópoles importantes, o que certamente não desabona em nada o fato de Cândido Mota integrar essa lista.

Convém lembrar que o amianto utilizado no Brasil é do tipo crisotila, devidamente regulado por Lei Federal (Lei nº 9.055/95) e submetido a rigorosa fiscalização. Cabe ressaltar que não há registro, no mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de fibrocimento com amianto, como telhas, caixas d’água e tubulações.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, atestou que as fibras de amianto crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas do fibrocimento: o cimento e a celulose. As fibras do amianto crisotila representam menos de 10% dos produtos e permanecem encapsuladas no cimento. Mesmo em condições severas de desgaste, não se desprendem e não representam risco à saúde dos usuários.

O amianto, em rápida explicação, é um mineral encontrado facilmente na natureza, está presente nos leitos de rios e riachos e no ar que respiramos. O amianto só irá fazer mal à saúde se uma pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras por muitos anos seguidos. Não é o caso das tubulações.

Quanto aos continuados ataques que são feitos ao uso do amianto, trata-se de uma guerra comercial que tem como pano de fundo o interesse da indústria petroquímica internacional de introduzir fibras sintéticas no mercado. As fibras artificiais conhecidas pelas siglas PP e PVA, como se sabe, são derivadas de petróleo e são poluentes. Pior: a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, publicamente, após anos de pesquisas e discussões, que elas oferecem risco indeterminado à saúde humana.

Mesmo assim, numa típica propaganda enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e “recicláveis”. É o mesmo que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como todos sabem, um saquinho esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor. Já um pedaço de borracha fica por tempo indeterminado.

Por tudo isso, é preciso que haja uma reflexão ponderada e não emocional sobre o assunto, na expectativa de que as autoridades municipais levem em consideração tais argumentos em benefício da população que representa e ao erário, que deve ser aplicado com responsabilidade.

Marina Júlia de Aquino
Presidente
Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC)

IBC obtém renovação do título de entidade de interesse público


O Instituto Brasileiro do Crisotila obteve, mais uma vez, a renovação de sua qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). A certificação foi renovada pelo Ministério da Justiça, depois de criteriosa análise do demonstrativo de ações, projetos e resultados referente ao exercício de 2013 e da aprovação das prestações de contas do mesmo ano.

A certidão foi emitida na última segunda-feira, 2 de junho, e é válida até 30 de setembro de 2015. O IBC obteve o título de Oscip em 2003, cerca de um ano depois de ter sido criado. Desde então, mantém a certificação.

Em 2014, o Instituto comemora 12 anos consecutivos de requalificação, fato que se destaca face ao rigor com que o Ministério da Justiça fiscaliza as Oscip. A presidente executiva do IBC, Marina Júlia de Aquino, comemorou o fato e ressaltou que a entidade seguirá perseguindo o objetivo de demonstrar que o uso seguro do amianto crisotila, somado à garantia de saúde do trabalhador e à segurança no ambiente de trabalho, é uma realidade.

O IBC 

O Instituto Brasileiro do Crisotila surgiu da necessidade de se estabelecer um diálogo transparente entre os agentes envolvidos na produção do amianto crisotila, a comunidade científica, governo, imprensa e sociedade sobre o uso seguro do mineral e seu relacionamento com o meio ambiente. A instituição não possui fins lucrativos.

Sua composição é tripartite: reúne representantes dos trabalhadores, dos empresários e do governo, o que reflete seu caráter pluralista, de incentivo a uma discussão do mais alto nível sobre o uso seguro, responsável e sustentável do amianto crisotila, sem dúvida uma das maiores riquezas minerais do País.

Promover o uso seguro do amianto crisotila, garantir a saúde do trabalhador, assegurar a proteção do meio ambiente e, principalmente, manter a sociedade bem informada. Estes são os principais objetivos do IBC.

A guerra suja contra o amianto


[Artigo publicado originalmente na edição de sábado, 31/05/2014, dos jornais O Estado (São Luís, Maranhão) e Diário da Manhã (Goiânia, Goiás]


Marina Júlia de Aquino
Presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC)

Desde que a disputa pelo mercado de telhas no Brasil se transformou em uma guerra comercial, a poderosa indústria multinacional de fibras artificiais passou a disseminar a ideia de que a população corre risco de contrair doenças se adquirir qualquer produto contendo fibra de amianto, tanto faz se telha ou caixa d’água. Quanto mais medo, tanto melhor, isto sim se tornou realmente contagioso. E perigoso.

O assunto interessa a todos, e merece esclarecimentos, diante do seguinte quadro: mais de 25 milhões de residências no Brasil estão cobertas com telhas de fibrocimento com amianto. Isto basta para explicar o apetite da concorrência internacional por essa fatia do mercado. Mas não justifica os métodos para obtê-la.   

Preocupado com o assunto, o Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu há pouco mais de um ano cientistas e especialistas do mundo inteiro para uma audiência pública. Nela, foram apresentados, com toda liberdade, argumentos prós e contra o produto.  No final, restou claro que o Brasil está no rumo certo ao permitir, na forma da lei, o uso do amianto crisotila na indústria, e que não se pode trocar o certo pelo duvidoso, como bem fundamentou o ministro Marco Aurélio ao proferir seu voto.

Não há registro, no mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos com amianto, inclusive caixas d’água. E a despeito do que erradamente se apregoa, o amianto crisotila é um produto natural, presente em dois terços da crosta terrestre, nos leitos dos rios, riachos, lençóis freáticos e até no ar que respiramos.

Como se não bastasse, o nosso país possui a mais rigorosa legislação de que se tem notícia sobre uso, controle e transporte de amianto crisotila. Os problemas que existiam correspondem ao passado, quando muitos países adotaram uso do amianto tipo anfibólio, uma variedade mais resistente e prejudicial à saúde humana. A Europa, por exemplo, não só usou, como também exportou esse tipo, expondo milhares de trabalhadores às fibras nocivas até se dar conta do problema.  

A produção brasileira atual é exclusivamente de amianto tipo crisotila, dentro de controles que superam até mesmo as exigências da Lei, provando que existe, sim, limite seguro, graças ao desenvolvimento de técnicas que tornaram-se referência mundial, não por menos integrando o Pacto Global, da ONU, de comprometimento com o bem-estar do planeta.

Já com relação às fibras artificiais conhecidas pelas siglas PP e PVA, sabe-se, de saída, que sendo derivadas de petróleo, são poluentes, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmar, publicamente, que elas oferecem risco indeterminado, ou seja, chegam a ser piores, à saúde humana.

Mesmo assim, numa típica propaganda enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e “recicláveis”. É o mesmo que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como todos sabem, um saquinho esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor. Já um pedaço de borracha fica por tempo indeterminado. Tenha paciência, a natureza não faz mágica.

Outra falácia é a de que o amianto já foi proibido em “mais de 50 países”, sem informar que a proibição se deu onde o amianto do tipo anfibólio foi usado sem qualquer controle, e que outros 150 adotam o tipo crisotila sem maiores problemas, inclusive as nações mais desenvolvidas do mundo, como os Estados Unidos, o Canadá e a Alemanha.

Sobre os impactos de uma proibição, é preciso levar em conta, em primeiro lugar, as populações de baixa renda, que serão obrigadas a adquirir um produto caro e de baixa qualidade. Segundo, a indústria, que será submetida a uma dependência sem precedentes de resinas plásticas derivadas de petróleo manipuladas por empresas estrangeiras, como demonstrou estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Terceiro, de ordem socioeconômica, vai afetar uma rede que emprega mais de 170 mil pessoas.

Por tudo isso, uma reflexão ponderada e não emocional nos leva a concluir que, nessa questão, se há algo a ser banido é a desinformação, própria de uma guerra suja.

Trabalhadores precisam ser ouvidos no debate sobre o amianto


Decisões sobre o uso do amianto crisotila na indústria não podem ignorar a voz daqueles que têm a experiência mais direta com a realidade do uso seguro e controlado do crisotila: os trabalhadores. Trata-se justamente de quem pode ser mais afetado por eventuais decisões que desconsiderem fatos e pesquisas científicas.

Dirigentes de entidades sindicais de vários países que representam os trabalhadores do amianto crisotila no mundo foram impedidos de participar, nesta terça-feira (6/5), em Viena, Áustria, de um seminário que integrava o encontro sobre amianto promovido pela Building and Wood Worker's International (BWI), a confederação internacional de sindicatos de trabalhadores da construção civil e da indústria da madeira.

Embora representassem sindicatos filiados a BWI, os sindicalistas foram convidados a se retirar do local onde ocorria o seminário, sob a justificativa de “não haver, ali, espaço para o debate” e de ser aquele um encontro “contra o amianto”. A reunião da BWI começou na terça-feira (6/5) e encerrou nesta quarta (7/5).

“Foi uma atitude antidemocrática e autoritária. Por que se teme o debate, por que se evita a discussão franca e aberta? Como é possível discutir a proibição ao uso do amianto sem que os trabalhadores sejam ouvidos, aqueles que mais serão afetados por um eventual banimento”,  disse Adilson Santana, presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila (FITAC), vice-presidente da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) e vice-presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila (International Trade Unions Movement "for Chrysotile”, o ITUM").

Adilson foi um dos representantes impedidos de participar do encontro, junto ainda de Emílio Alves Ferreira Júnior, presidente da CNTA, e Itaci de Sá, membro da diretoria da entidade.

Os dirigentes sindicais brasileiros também foram a Viena para participar da reunião promovida pelo ITUM, ocorrida na segunda-feira. O encontro reuniu trabalhadores do amianto crisotila de diversos países, como Rússia, Índia, Ucrânia, Cazaquistão, México, Brasil e outros, com o propósito de debater e divulgar iniciativas mundiais para o uso seguro do mineral. 

A ideia de participar também da reunião da BWI surgiu da conclusão de que, em um evento relacionado ao amianto e à construção civil, faltava justamente a representação dos trabalhadores da área, o que poderia trazer informações e dados objetivos sobre a realidade do setor hoje. Ou seja, em uma conferência sobre amianto da BWI, entidade que congrega sindicatos de todo o mundo, não ocorreu a participação de sequer um trabalhador do setor.

“O uso seguro do amianto crisotila  no Brasil é um modelo para os outros países. Entidades de qualquer tipo não deviam tomar decisões sem ouvir os trabalhadores”, reiterou Adilson Santana.

Após a expulsão do evento, os sindicalistas brasileiros, junto com representantes sindicais do crisotila de outros países, convocaram uma coletiva de imprensa, em Viena, onde apelaram para que o debate sobre o banimento do amianto não exclua os trabalhadores diretos do setor do crisotila, que lutaram para conquistar os mais rigorosos níveis de segurança no ambiente de trabalho.

Durante a coletiva, foi informado ainda que representantes de sindicatos de trabalhadores do crisotila da Rússia e do Cazaquistão tiveram seus pedidos de inscrição prévia no encontro da BWI negados e que a discussão sobre o banimento do amianto, no evento, tentou sensibilizar os participantes com a exibição de fotografias muito antigas de trabalhadores em condições degradantes, uma realidade erradicada dos ambientes de trabalho há anos.

Porém, em contrapartida, não houve qualquer menção às conquistas dos trabalhadores do amianto crisotila, que estão entre as mais avançadas em termos de saúde, garantias e benefícios no mundo.

Uso do amianto crisotila é referência em saúde do trabalhador


Instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e celebrado neste 28 de abril, o Dia Internacional para Saúde e Segurança no Trabalho tem o propósito de conscientizar a opinião pública sobre o direito dos trabalhadores de operarem em ambientes seguros e saudáveis. Este é um valor que ultrapassa a questão da dignidade no trabalho, pois se refere à própria dignidade humana.

Neste ano, a OIT elegeu como tema a presença de substâncias químicas na indústria. Não é novidade que, com o avanço tecnológico e com o crescimento da economia em escala global, a sociedade não pode deixar de lado o uso de materiais que contenham algum risco, mas sim controlar ao máximo o ambiente industrial.

Desse modo, os padrões de segurança no manuseio de substâncias que apresentam risco à saúde do trabalhador também tiveram que acompanhar essa evolução.

Frente a esse contexto, o uso do amianto crisotila na mineração e na indústria tornou-se referência em termos de segurança e saúde no ambiente de trabalho. 

Em virtude de padrões extremamente rigorosos no modo como é tratado, tanto na mineração quanto nas fábricas que utilizam o mineral, o crisotila é mais seguro do que muitos produtos do nosso dia-a-dia.

Um exemplo disso é o acordo nacional para condições seguras firmado há mais de 20 anos entre trabalhadores, mineradora e as fábricas de fibrocimento que usam amianto crisotila.

Sem paralelo na história da indústria, esse acordo estabeleceu o limite de concentração de 0,1 fibra de amianto por centímetro cúbico de ar. Ou seja, um índice de concentração 20 vezes mais baixo, portanto, do que estabelece a já rigorosa Lei Federal 9.055/95, que regulamenta o uso controlado do crisotila e proíbe todos os outros tipos de amianto. A lei e determina a concentração limite em duas 2 fibras por centímetro cúbico.

Vale lembrar que, como o amianto crisotila é encontrado na natureza, em rochas, sendo extraído e beneficiado sem a utilização de agentes químicos, sua utilização na indústria é feita dentro de princípios estritamente sustentáveis.

Desde o estabelecimento de normas rigorosas para o uso seguro e controlado do crisotila, o setor tornou-se, assim, um modelo a ser seguido em termos de segurança e respeito à saúde do trabalhador no Brasil e no mundo.

Neste sentido, o Instituto Brasileiro do Crisotila aproveita a data, o Dia Internacional para Saúde e Segurança no Trabalho, para renovar seu compromisso junto com os trabalhadores do crisotila em lutar pela manutenção da organização do local de trabalho e não poupar esforços para atuar na melhoria contínua dos processos adotados pelas indústrias para a proteção, saúde e segurança dos seus trabalhadores.

16 de Abril, Dia Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila

Ninguém precisa acreditar ou deixar de acreditar no uso seguro do amianto crisotila na mineração e na indústria, pois isso é um fato e faz parte da realidade de milhares de trabalhadores. É a voz deles que deve ser ouvida neste 16 de Abril, o Dia Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila.

Instituída em 2008, a data tem como principal objetivo chamar a atenção para a realidade do uso seguro do amianto crisotila e ao fato de que são os próprios trabalhadores que desejam mostrar suas conquistas no que se refere à segurança plena na mineração e industrialização do crisotila.

“Do ponto de vista do trabalhador, os direitos conquistados a partir da década de 1980 garantiram a segurança plena no ambiente de trabalho”, diz Adilson Santana, presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila (FITAC), vice-presidente da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) e vice-presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila (International Trade Unions Movement "For Chrysotile").

“Discutir o banimento do crisotila não tem relação com a segurança, já que depois de todas essas conquistas dispomos de maior segurança e garantias do que em muitos outros ramos da indústria. E agora que o ambiente seguro de trabalho é uma realidade, querem então banir o mineral. Não faz sentido”, conclui.

Adilson Santana lembra ainda que a data foi criada para trazer luz à questão de a realidade do amianto ter mudado. Riscos de contaminação e problemas de saúde são coisas do passado.

Nas últimas décadas, a luta dos próprios trabalhadores por melhores condições levou à mineração do crisotila e às fábricas de fibrocimento a implantar procedimentos rigorosos que resultaram em um dos mais controlados ambientes de trabalho.

 “O amianto foi banido em mais de quarenta países principalmente por questões essencialmente comerciais, seja porque o bem material não estava mais disponível ou então porque economicamente perdeu a importância”, observa Adilson.

Para Andrey Kholzakov, presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila, que congrega esforços de trabalhadores de todo o mundo, os projetos e propostas para o banimento do crisotila incorrem em desconhecimento e tomam por base informações incorretas, como que as fibras sintéticas seriam mais seguras à saúde do trabalhador.

“As conquistas dos trabalhadores do amianto crisotila em todo o mundo estão entre as mais avançadas em termos de saúde, garantias e benefícios de toda a indústria, não só a de materiais de risco”, disse Kholzakov.

O sindicalista critica ainda o que qualifica de “amiantofobia”, que geralmente é alimentada, segundo ele, pela distorção de dados científicos e um mercado milionário de litígios.

“É uma poderosa cadeia de desinformação, calcada em um nicho milionário de ações judiciais. As organizações favoráveis ao banimento apelam para o lado emocional e à ausência de objetividade para assustar as pessoas”, observa Kholzakov.

O presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila destaca ainda que o dia 16 de maio serve para mostrar que os trabalhadores do amianto crisotila estão unidos e que seguem lutando para preservar suas conquistas no ambiente de trabalho.

"São conquistas como o estabelecimento de uma extensa rede de informações médicas e o foco na saúde do trabalhador. Entendemos, portanto, que temos que aproveitar a data para falar do trabalho nas minas, de nossas iniciativas, para que a mídia e o mundo possam nos ouvir", conclui.

Pesquisadores da Fundacentro visitam a SAMA para conhecer o processo de produção do amianto crisotila


Nos dias 18 e 19 de fevereiro, pesquisadores da Fundacentro, órgão ligado ao Ministério do Trabalho que desenvolve pesquisas em segurança e saúde no trabalho e presta serviços de assessoria técnica, visitaram as instalações da SAMA SA – Minerações Associadas em Minaçu, Goiás.

A equipe formada pela presidente da instituição, Maria Amélia Gomes de Souza Reis, e pelos pesquisadores Walter dos Reis Pedreira Filho e Paula Peixoto Monteiro conheceu os processos de extração e beneficiamento do amianto crisotila, os diversos tipos de monitoramentos ambientais e ocupacionais empregados na SAMA e principalmente como é realizado o programa de Uso Seguro do Crisotila (USC).

Os pesquisadores também tiveram a oportunidade de conhecer a equipe de saúde ocupacional, responsável pelo acompanhamento da saúde dos colaboradores e arquivo de prontuários dos trabalhadores ativos, dependentes, ex-colaboradores da mineradora e das empresas terceiras.

Folha Online: De que é feito o telhado brasileiro?

A Folha Online publicou nesta sexta-feira (21/02), artigo da presidente do IBC, Marina Júlia de Aquino, acerca do debate jurídico sobre se é possível aos estados impor restrições ao uso do amianto passando por cima de uma lei federal - a Lei 9.055/95, que trata do uso do amianto no Brasil. 

A executiva também fala da importância do mineral para a economia brasileira e discorre sobre as incertezas envolvendo as fibras de PP e PVA, que vêm sendo vendidas como "substitutos seguros ao amianto". Marina expõe no artigo que "não há provas científicas de que as fibras alternativas são mais seguras, ou pelo menos tão seguras quanto o crisotila".

Leia abaixo o artigo conforme publicado. 
Clique aqui para ler o conteúdo no portal Folha Online. 

Marina Júlia de Aquino: De que é feito o telhado brasileiro?

Desde que se instaurou o debate jurídico sobre se é possível aos estados impor restrições ao uso do amianto passando por cima de uma Lei federal (nº 9055/95) que já define como e de que forma esse produto pode ser extraído, transportado e industrializado, o assunto perdeu muito no que de fato interessa ao país e à sociedade. Se o amianto for proibido, o que vem no seu lugar na fabricação de telhas e caixas d’água?

Diário da Manhã desmistifica amianto em reportagem

O jornal Diário da Manhã, de Goiânia (GO), publicou na edição do dia 17 de fevereiro a reportagem “Amianto sem mitos”, esclarecendo aspectos controversos em relação ao asbesto e apresentando pesquisas que desmistificam o uso do mineral. O texto afirma que, de acordo com especialistas, o amianto crisotila só é prejudicial se explorado de forma inadequada. Mas, se mecanismos mantiverem a fibra isolada do contato humano no processo de extração, o amianto crisotila perde o risco de contaminação.

A reportagem destacou o estudo “Atividades de mineração e extração de asbestos em um país em desenvolvimento: o impacto das fibras em suspensão na área urbana”, que comprova que é totalmente possível manter as áreas de exploração de crisotila e seus arredores totalmente seguros e livres de exposição.


A química e higienista ocupacional, Rosemary Zamataro, consultora do IBC, liderou o estudo que foi apresentado em Londres, Inglaterra, durante o IPXI Inhaled Particles, congresso promovido pela organização britânica de higienistas ocupacionais na Nottingham Trent University.  

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