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Uso do amianto crisotila é referência em saúde do trabalhador


Instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e celebrado neste 28 de abril, o Dia Internacional para Saúde e Segurança no Trabalho tem o propósito de conscientizar a opinião pública sobre o direito dos trabalhadores de operarem em ambientes seguros e saudáveis. Este é um valor que ultrapassa a questão da dignidade no trabalho, pois se refere à própria dignidade humana.

Neste ano, a OIT elegeu como tema a presença de substâncias químicas na indústria. Não é novidade que, com o avanço tecnológico e com o crescimento da economia em escala global, a sociedade não pode deixar de lado o uso de materiais que contenham algum risco, mas sim controlar ao máximo o ambiente industrial.

Desse modo, os padrões de segurança no manuseio de substâncias que apresentam risco à saúde do trabalhador também tiveram que acompanhar essa evolução.

Frente a esse contexto, o uso do amianto crisotila na mineração e na indústria tornou-se referência em termos de segurança e saúde no ambiente de trabalho. 

Em virtude de padrões extremamente rigorosos no modo como é tratado, tanto na mineração quanto nas fábricas que utilizam o mineral, o crisotila é mais seguro do que muitos produtos do nosso dia-a-dia.

Um exemplo disso é o acordo nacional para condições seguras firmado há mais de 20 anos entre trabalhadores, mineradora e as fábricas de fibrocimento que usam amianto crisotila.

Sem paralelo na história da indústria, esse acordo estabeleceu o limite de concentração de 0,1 fibra de amianto por centímetro cúbico de ar. Ou seja, um índice de concentração 20 vezes mais baixo, portanto, do que estabelece a já rigorosa Lei Federal 9.055/95, que regulamenta o uso controlado do crisotila e proíbe todos os outros tipos de amianto. A lei e determina a concentração limite em duas 2 fibras por centímetro cúbico.

Vale lembrar que, como o amianto crisotila é encontrado na natureza, em rochas, sendo extraído e beneficiado sem a utilização de agentes químicos, sua utilização na indústria é feita dentro de princípios estritamente sustentáveis.

Desde o estabelecimento de normas rigorosas para o uso seguro e controlado do crisotila, o setor tornou-se, assim, um modelo a ser seguido em termos de segurança e respeito à saúde do trabalhador no Brasil e no mundo.

Neste sentido, o Instituto Brasileiro do Crisotila aproveita a data, o Dia Internacional para Saúde e Segurança no Trabalho, para renovar seu compromisso junto com os trabalhadores do crisotila em lutar pela manutenção da organização do local de trabalho e não poupar esforços para atuar na melhoria contínua dos processos adotados pelas indústrias para a proteção, saúde e segurança dos seus trabalhadores.

16 de Abril, Dia Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila

Ninguém precisa acreditar ou deixar de acreditar no uso seguro do amianto crisotila na mineração e na indústria, pois isso é um fato e faz parte da realidade de milhares de trabalhadores. É a voz deles que deve ser ouvida neste 16 de Abril, o Dia Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila.

Instituída em 2008, a data tem como principal objetivo chamar a atenção para a realidade do uso seguro do amianto crisotila e ao fato de que são os próprios trabalhadores que desejam mostrar suas conquistas no que se refere à segurança plena na mineração e industrialização do crisotila.

“Do ponto de vista do trabalhador, os direitos conquistados a partir da década de 1980 garantiram a segurança plena no ambiente de trabalho”, diz Adilson Santana, presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila (FITAC), vice-presidente da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) e vice-presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila (International Trade Unions Movement "For Chrysotile").

“Discutir o banimento do crisotila não tem relação com a segurança, já que depois de todas essas conquistas dispomos de maior segurança e garantias do que em muitos outros ramos da indústria. E agora que o ambiente seguro de trabalho é uma realidade, querem então banir o mineral. Não faz sentido”, conclui.

Adilson Santana lembra ainda que a data foi criada para trazer luz à questão de a realidade do amianto ter mudado. Riscos de contaminação e problemas de saúde são coisas do passado.

Nas últimas décadas, a luta dos próprios trabalhadores por melhores condições levou à mineração do crisotila e às fábricas de fibrocimento a implantar procedimentos rigorosos que resultaram em um dos mais controlados ambientes de trabalho.

 “O amianto foi banido em mais de quarenta países principalmente por questões essencialmente comerciais, seja porque o bem material não estava mais disponível ou então porque economicamente perdeu a importância”, observa Adilson.

Para Andrey Kholzakov, presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila, que congrega esforços de trabalhadores de todo o mundo, os projetos e propostas para o banimento do crisotila incorrem em desconhecimento e tomam por base informações incorretas, como que as fibras sintéticas seriam mais seguras à saúde do trabalhador.

“As conquistas dos trabalhadores do amianto crisotila em todo o mundo estão entre as mais avançadas em termos de saúde, garantias e benefícios de toda a indústria, não só a de materiais de risco”, disse Kholzakov.

O sindicalista critica ainda o que qualifica de “amiantofobia”, que geralmente é alimentada, segundo ele, pela distorção de dados científicos e um mercado milionário de litígios.

“É uma poderosa cadeia de desinformação, calcada em um nicho milionário de ações judiciais. As organizações favoráveis ao banimento apelam para o lado emocional e à ausência de objetividade para assustar as pessoas”, observa Kholzakov.

O presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila destaca ainda que o dia 16 de maio serve para mostrar que os trabalhadores do amianto crisotila estão unidos e que seguem lutando para preservar suas conquistas no ambiente de trabalho.

"São conquistas como o estabelecimento de uma extensa rede de informações médicas e o foco na saúde do trabalhador. Entendemos, portanto, que temos que aproveitar a data para falar do trabalho nas minas, de nossas iniciativas, para que a mídia e o mundo possam nos ouvir", conclui.

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