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Trabalhadores precisam ser ouvidos no debate sobre o amianto


Decisões sobre o uso do amianto crisotila na indústria não podem ignorar a voz daqueles que têm a experiência mais direta com a realidade do uso seguro e controlado do crisotila: os trabalhadores. Trata-se justamente de quem pode ser mais afetado por eventuais decisões que desconsiderem fatos e pesquisas científicas.

Dirigentes de entidades sindicais de vários países que representam os trabalhadores do amianto crisotila no mundo foram impedidos de participar, nesta terça-feira (6/5), em Viena, Áustria, de um seminário que integrava o encontro sobre amianto promovido pela Building and Wood Worker's International (BWI), a confederação internacional de sindicatos de trabalhadores da construção civil e da indústria da madeira.

Embora representassem sindicatos filiados a BWI, os sindicalistas foram convidados a se retirar do local onde ocorria o seminário, sob a justificativa de “não haver, ali, espaço para o debate” e de ser aquele um encontro “contra o amianto”. A reunião da BWI começou na terça-feira (6/5) e encerrou nesta quarta (7/5).

“Foi uma atitude antidemocrática e autoritária. Por que se teme o debate, por que se evita a discussão franca e aberta? Como é possível discutir a proibição ao uso do amianto sem que os trabalhadores sejam ouvidos, aqueles que mais serão afetados por um eventual banimento”,  disse Adilson Santana, presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila (FITAC), vice-presidente da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) e vice-presidente do Movimento Internacional de Sindicatos pelo Crisotila (International Trade Unions Movement "for Chrysotile”, o ITUM").

Adilson foi um dos representantes impedidos de participar do encontro, junto ainda de Emílio Alves Ferreira Júnior, presidente da CNTA, e Itaci de Sá, membro da diretoria da entidade.

Os dirigentes sindicais brasileiros também foram a Viena para participar da reunião promovida pelo ITUM, ocorrida na segunda-feira. O encontro reuniu trabalhadores do amianto crisotila de diversos países, como Rússia, Índia, Ucrânia, Cazaquistão, México, Brasil e outros, com o propósito de debater e divulgar iniciativas mundiais para o uso seguro do mineral. 

A ideia de participar também da reunião da BWI surgiu da conclusão de que, em um evento relacionado ao amianto e à construção civil, faltava justamente a representação dos trabalhadores da área, o que poderia trazer informações e dados objetivos sobre a realidade do setor hoje. Ou seja, em uma conferência sobre amianto da BWI, entidade que congrega sindicatos de todo o mundo, não ocorreu a participação de sequer um trabalhador do setor.

“O uso seguro do amianto crisotila  no Brasil é um modelo para os outros países. Entidades de qualquer tipo não deviam tomar decisões sem ouvir os trabalhadores”, reiterou Adilson Santana.

Após a expulsão do evento, os sindicalistas brasileiros, junto com representantes sindicais do crisotila de outros países, convocaram uma coletiva de imprensa, em Viena, onde apelaram para que o debate sobre o banimento do amianto não exclua os trabalhadores diretos do setor do crisotila, que lutaram para conquistar os mais rigorosos níveis de segurança no ambiente de trabalho.

Durante a coletiva, foi informado ainda que representantes de sindicatos de trabalhadores do crisotila da Rússia e do Cazaquistão tiveram seus pedidos de inscrição prévia no encontro da BWI negados e que a discussão sobre o banimento do amianto, no evento, tentou sensibilizar os participantes com a exibição de fotografias muito antigas de trabalhadores em condições degradantes, uma realidade erradicada dos ambientes de trabalho há anos.

Porém, em contrapartida, não houve qualquer menção às conquistas dos trabalhadores do amianto crisotila, que estão entre as mais avançadas em termos de saúde, garantias e benefícios no mundo.

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