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Na Inglaterra, imprensa desfez histeria contra o amianto
Há quase
cinco anos, a imprensa inglesa começou a investigar a fundo a histeria em torno
da exploração do amianto. Havia relatos de pais alarmados com o fato de seus
filhos estudarem em escolas cujas paredes receberam revestimento do mineral. Um
dos mais tradicionais jornais britânicos, o Daily Mail, decidiu, então, fazer
uma reportagem de fôlego sobre o tema. O resultado está num longo texto
assinado pelo jornalista Christopher Booker e publicado no dia 23
de fevereiro de 2010. É revelador.
(...)
Ninguém
nega que o amianto, que tem sido utilizado como isolante térmico e aglomerante
há séculos, pode causar sérios problemas de saúde. As fibras de alguns tipos de
amianto têm sido associadas a várias formas de câncer. Entretanto, a verdade é
que, muitas vezes, estas histórias alarmistas não têm base factual, e se apoiam
em mitos.
Há alguns
anos, por exemplo, a mídia publicou notícia semelhante, que serviu para
assustar as famílias da Grã Bretanha.
O foco da
presente campanha é uma alegação de um Sr. Michael Lees, viúvo de uma
professora, de que a causa da morte de sua esposa tinha sido mesotelioma, um
tipo de câncer relacionado à exposição ao amianto.
A notícia
fala de “salas de aula que são verdadeiras armadilhas mortais” 'crivadas de
amianto' e que já tinham causado a morte de pelo menos 147 professores entre
1991 e 2000.
Entretanto,
quando a Health Safety Executive - HSE (Autoridade Sanitária) – agência
governamental responsável por fazer cumprir as regulamentações relacionadas ao
amianto – investigou a reclamação do Sr. Lees, descobriu que sua opinião de que
“a quantidade de mortes de professores de escolas primárias, causadas por
mesotelioma, era desproporcionalmente alta' não 'era corroborada por fatos”.
Descobriu-se
que a taxa de mortalidade entre os professores não estava acima daquela
relatada para a população feminina ativa – e de qualquer forma, era
extremamente baixa.
É verdade
que na maioria dos prédios escolares mais antigos há algum tipo de produto
contendo amianto, tais como telhas de cimento amianto ou mesmo placas para
forração dos tetos.
Mas quase
todos estes produtos contem o tipo conhecido como amianto branco, relativamente
inócuo, e que fica encapsulado no cimento ou em outros materiais, de onde é
impossível extrair até mesmo uma única fibra perigosa.
Os
perigos advindos de tais produtos são tão pequenos – como já ficou demonstrado
por muitos estudos científicos – que, nas palavras cautelosas de um relatório
publicado pela própria HSE, chegam a ser “insignificantes”. O risco de que
venham a causar câncer de pulmão é “indiscutivelmente zero”.
É por esta razão que a HSE acertadamente aconselha as autoridades
escolares a deixar os produtos contendo amianto onde estão e intactos, sempre
que estiverem servindo algum propósito – tal como barreiras contra incêndio ou
cobertura de telhados.
Tubulações de água feitas com amianto não causam risco à saúde
A rede de desinformação a respeito dos supostos riscos causados pelo amianto crisotila à saúde segue de vento em popa. Na última quarta-feira (17/12), nota publicada no Blog Jorge Vieira informa que o prefeito de Caxias, no Maranhão, irá trocar parte da tubulação de água da cidade, de amianto, por canos de PVC. Isso porque o amianto seria cancerígeno.
Assim, cabe mais uma vez esclarecer que
produtos de fibrocimento com amianto não oferecem risco nenhum à saúde humana,
sendo esta afirmação respaldada por diversos estudos nacionais e
internacionais. Da mesma forma, jamais foi registrado na literatura médica
mundial, em tempo algum, caso de doença relacionado ao uso desses produtos,
inclusive telhas e caixas d’água.
A cidade de New York, por exemplo,
possui tubulações de amianto, bem como San Francisco, Chicago e Paris, dentre
outras metrópoles importantes, o que certamente não desabona em nada o fato de
a cidade de Caxias integrar essa lista.
Convém lembrar que o amianto
utilizado no Brasil é do tipo crisotila, devidamente regulado por Lei Federal
(Lei 9.055/95) e submetido a rigorosa fiscalização. Cabe ressaltar que não há
registro, no mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos de
fibrocimento com amianto, como telhas, caixas d’água e tubulações.
Pesquisa realizada pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, atestou que as fibras de amianto
crisotila permanecem ligadas às duas outras matérias-primas do fibrocimento: o
cimento e a celulose. As fibras do amianto crisotila representam menos de 10%
dos produtos e permanecem encapsuladas no cimento. Mesmo em condições severas
de desgaste, não se desprendem e não representam risco à saúde dos usuários.
O amianto, em rápida explicação, é um
mineral encontrado facilmente na natureza, está presente nos leitos de rios e
riachos e no ar que respiramos. O amianto só irá fazer mal à saúde se uma
pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras por muitos anos seguidos. Não é
o caso das tubulações.
Quanto aos continuados ataques que
são feitos ao uso do amianto, trata-se de uma guerra comercial que tem como
pano de fundo o interesse da indústria petroquímica internacional de introduzir
fibras sintéticas no mercado. As fibras artificiais conhecidas pelas siglas PP
e PVA, como se sabe, são derivadas de petróleo e são poluentes. Pior: a
Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, publicamente, após anos de
pesquisas e discussões, que elas oferecem risco indeterminado à saúde humana.
Mesmo assim, numa típica propaganda
enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e “recicláveis”. É o mesmo
que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como todos sabem, um saquinho
esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor. Já um pedaço de borracha
fica por tempo indeterminado.
Por tudo isso, é preciso que haja uma
reflexão ponderada e não emocional sobre o assunto, na expectativa de que se
leve em consideração tais argumentos em benefício da população e da boa e
correta informação.
IBC responde ao The Guardian sobre vídeo que aborda a situação do amianto no Brasil
O Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) enviou um e-mail nesta segunda-feira (15/12) aos editores do jornal britânico The Guardian a respeito de um vídeo produzido pela publicação, tratando da situação do amianto no Brasil.
Postado em novembro, sob o título de “O custo humano”, o vídeo [clique aqui para assistir] apresenta depoimentos de trabalhadores, sugerindo que o adoecimento decorrente da contaminação pelo contato com amianto ainda acontece no Brasil. Não há, contudo, qualquer informação sobre o fato de a ocorrência de doenças e mortes ter sido completamente erradicada, isto é, os casos de adoecimento mostrados no vídeo ocorreram antes do banimento do amianto anfibólio e antes do Brasil tornar-se referência em segurança no uso do amianto crisotila.
Para o IBC, embora o vídeo tenha um forte apelo emocional e trate de um tema importante, que é a saúde dos trabalhadores na mineração e indústria, carece de qualquer informação objetiva e verdadeira sobre a situação do amianto no Brasil hoje. Sendo o papel da imprensa informar e o The Guardian um veículo admirado no mundo todo, o IBC vem a público prestar esclarecimentos e trazer informações não apresentadas na vídeo-reportagem produzida e publicada pelo respeitado jornal.
O Brasil possui uma das leis mais estritas do mundo regulando a exploração mineral e o uso do amianto crisotila. Trata-se de uma norma internacionalmente reconhecida por seu rigor no que toca a saúde do trabalhador, as relações trabalhistas e a qualidade e segurança do produto entregue ao consumidor.
As tristes e lamentáveis histórias de adoecimento mostradas no vídeo correspondem a casos de contaminação ocorridos antes da década de 1980, antes, portanto, da mineração do anfibólio ser proibida no país e antes do uso do crisotila ser devidamente regulamentado.
O IBC entende assim que não é possível proceder com um debate sério sobre amianto sem fazer a distinção entre os anfibólios e o crisotila. Estudos recentes contestam até mesmo o uso da terminologia “amianto” para enquadrar os dois tipos de fibra mineral no mesmo grupo, dadas as diferenças existentes entre o crisotila e o anfibólio.
O IBC defende o uso controlado do crisotila por uma razão simples: os riscos à saúde decorrentes do uso do crisotila na mineração e na indústria foram absolutamente erradicados. Isto é um fato, não é uma questão de opinião. Não apenas um volume incontestável de pesquisas científicas demonstra isso, como inexiste qualquer fragmento de dado que indique o contrário.
Todos sabemos que a indústria faz uso de materiais de risco. Este é o caso do carvão, da sílica e do chumbo. Estes materiais podem ser usados dentro de padrões de segurança estritos. O que muda no caso do amianto crisotila, já que ninguém mais fica doente? A partir do momento em que se soube do potencial de risco à saúde causado pelo amianto, esta fibra mineral foi objeto de um controle cada vez mais rigoroso. Desde 1980, não existe um único caso de adoecimento decorrente da utilização do amianto crisotila. Novamente: este é um dado verificável e nada o contradiz.
Vale lembrar que o amianto é um mineral natural presente em 2/3 da crosta terrestre e é disperso no ar independente da ação do homem. A ação da natureza promove mais liberação de fibras de amianto na atmosfera do que a ação humana. Todos nós respiramos naturalmente fibras de amianto. Para adoecer, a pessoa teria que aspirar um volume enorme de fibras por um longo período de tempo. O que não ocorre mais porque a segurança é total.
Falando dos aspectos econômicos, cerca de 200 milhões de metros quadros de telha com amianto crisotila em sua composição são vendidos anualmente no Brasil. Em torno de 40% dos telhados brasileiros são cobertos por telhas que contém amianto em sua estrutura. É um mercado de R$ 3 bilhões de reais que gera 170 mil empregos.
Logo, é possível concluir que a covarde campanha difamatória contra o amianto crisotila esconde o real interesse por uma indústria bilionária.
No vídeo, é mencionado o “lobby da indústria do amianto”. Porém, uma investigação séria acerca do tema demonstra que as empresas multinacionais interessadas no banimento são aquelas que fabricam fibras sintéticas, com materiais substitutivos feitos de polipropileno ou PVA. Não só esses materiais são mais caros e poluentes, como são de qualidade inferior e, ainda pior, tiveram o “risco indeterminado à saúde humana” reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.
Frente a isto, vale perguntamos: Por que trocar um mineral exaustivamente estudado, com os riscos à saúde conhecidos e controlados por uma tábula rasa? A quem interessa o banimento é a pergunta que jornalistas devem fazer, na visão do IBC.
No vídeo produzido pelo The Guardian, chega-se até mesmo ao absurdo de tentar associar a mineração de amianto com a ausência de democracia no Brasil durante a vigência da ditadura militar nos anos 1970. É uma tentativa esdrúxula, que demonstra o desespero de quem não têm mais argumentos para justificar uma cruzada irresponsável e baseada tão somente em histeria e desinformação.
Em outro o momento, o médico pneumologista Ubiratan de Paula Santos, da Universidade de São Paulo, diz que a segurança do crisotila “é uma falácia”, mas não oferece nenhum dado fundamentado dentro da ciência médica que justifique sua afirmação. Pelo contrário, em uma comparação grotesca, sem qualquer respaldo científico, compara o amianto crisotila ao “cigarro light”.
O IBC milita pelos valores de transparência e livre circulação de ideias. A saúde do trabalhador brasileiro é um assunto muito sério e deve, portanto, ser discutido com base em informações claras, objetivas, de fontes confiáveis, atualizadas e cientificamente respaldadas.
Revista revela os bastidores da luta em defesa do amianto crisotila
Com o instigante título
“Dossiê Amianto, Os Bastidores de uma Guerra Suja”, a revista Crisotila Brasil, do Instituto
Brasileiro do Crisotila (IBC), fez a sua estreia com grande sucesso, levando aos
leitores tudo o que se passa na luta em defesa do uso seguro do amianto
crisotila no Brasil. Foram meses de pesquisas, além de entrevistas com
especialistas, resultando em um material jornalístico de primeira linha, onde o
tema é tratado de maneira séria e responsável.
A revista surgiu também
da necessidade de se contrapor aos constantes ataques dos adversários do
amianto, que propagam informações erradas com o objetivo de incutir o medo na
opinião pública. “Se há algo a ser banido, é a desinformação”, assinalou a
presidente do IBC, Marina Júlia de Aquino, no editorial da revista, cuja
primeira edição é de 32 páginas. Quem tiver interesse em obter um exemplar,
entre em contato com o IBC. Em breve, a revista estará disponível também no
sítio eletrônico www.ibcbrasil.org.br
SAMA recebe mais uma premiação ambiental em GO
A SAMA Minerações recebeu
mais uma premiação ambiental neste ano de 2014. Desta vez a mineradora foi
homenageada no 13º Prêmio CREA Goiás de Meio Ambiente, na modalidade Meio
Físico. O prêmio é resultado do projeto de “Recuperação Ambiental das Pilhas de
Deposição de Estéril e Rejeito na Mina de Cana Brava”.
Ao realizar mais uma
edição do prêmio, o CREA-GO buscou incentivar ações, programas ou projetos de
profissionais da área tecnológica e de toda a sociedade goiana que executam
trabalhos voltados para a preservação, regeneração e desenvolvimento
sustentável do Estado de Goiás.
José Pires, gerente de
beneficiamento, desenvolvimento e sustentabilidade (GBS), recebeu a premiação
em nome da SAMA. Ele ressaltou que este reconhecimento demonstra constante da
preocupação da empresa com o meio ambiente.
“Por meio desta premiação, temos um dos principais objetivos da SAMA,
que é causar o menor impacto possível concomitante ao desenvolvimento de nossas
atividades”, disse.
(Fonte: Assessoria de
Imprensa SAMA Minerações)
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