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Mitos e Verdades


O uso seguro do amianto é discutido no mundo inteiro, com muitas fontes e informações desencontradas. Para eliminarmos todas as dúvidas, trouxemos os mitos e verdades sobre o amianto.

- Quando extraído, manipulado e usado de forma correta, o amianto não é perigoso.
Verdade. O amianto é encontrado na natureza, na rocha, de onde é extraído com toda segurança, para não dispersar fibras no ar. Ele não é um gás, nem produto sintético, assim como não é radioativo. Quando manipulado corretamente é menos nocivo que petróleo e aparelhos de raio-X, por exemplo. O amianto só irá fazer mal à saúde se a pessoa ficar exposta sem as devidas precauções de segurança exigidas, tendo contato com as fibras suspensas no ar durante muitos anos. Nesses casos, a contaminação pode acarretar em graves problemas de saúde.

- Respirar próximo a uma área onde existe amianto pode ser nocivo à saúde humana.
Mito. Somente se uma pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras por muitos anos seguidos. Aí, sim, poderá contrair uma doença nos pulmões, inclusive câncer. 

- Beber água de caixa d’água de amianto ou usar telha desse produto em casa, coloca a saúde em risco.
Mito. Não existe um só relato, no mundo inteiro, de ninguém que tenha contraído doença por usar produtos de fibrocimento com amianto. E esses produtos são utilizados há quase um século. Um bom exemplo disso é a cidade de Brasília, capital da República, que desde a sua fundação utiliza tubulações e telhas de amianto, muitas das quais recobrem prédios públicos.

- Caso a fibra do amianto se desprenda de algum desses produtos, em algum acidente, ela pode colocar a saúde das pessoas em risco.
Mito. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo concluiu em 2006 que as fibras de amianto crisotila permanecem, quando quebradas, ligadas a duas outras matérias-primas das telhas de fibrocimento: o cimento e a celulose. Isso sem contar que as fibras do amianto crisotila representam menos de 10% do produto e permanecem encapsuladas no cimento. Mesmo em condições severas de desgaste, não se desprendem e, por isso, não representam risco à saúde dos usuários. Estudosdo Centro de Estudos Aplicados de Ciências Ambientaisda Terra da Escola de Pós-Graduação e Centro Universitário da City Universityof New York, que foi realizado quando da queda do World Trade Center, em 2001, também confirmam a segurança desses produtos.

- O processo de extração do amianto crisotila em Minaçu é seguro.
Verdade. É ainda mais seguro do que determina a Lei Federal nº 9.055/95, que regulamenta o uso controlado do amianto crisotila e proíbe todos os outros tipos de amianto. A legislação estabelece uma concentração no ar de, no máximo, duas fibras por centímetro cúbico. O Acordo Nacional firmado entre trabalhadores, a mina e os donos das fábricas baixou essa concentração para 0,1 fibra por centímetro cúbico. Para confirmar a eficácia e segurança do sistema, são feitas medições a cada seis meses.

- Os próprios trabalhadores das minas garantem o uso controlado do amianto.
Verdade. Além do governo, por intermédio de seus agentes de fiscalização, os próprios trabalhadores garantem o uso controlado do amianto. O acordo, assinado em 1989, dá às comissões de controle – formadas exclusivamente por trabalhadores, poderes para suspender as atividades da mina e das fábricas a qualquer momento que se verificar condições de risco à saúde. Para tanto, os trabalhadores que integram essas comissões, eleitas pelos próprios companheiros, possuem estabilidade de emprego.

- A produção de amianto crisotila não produz empregos no Brasil, então o banimento é favorável neste cenário.
Mito. A cadeia produtiva do amianto crisotila desde a mineração até a revenda dos produtos derivados gera 170 mil empregos diretos e indiretos no País. Além da mina, existem 16 fábricas em oito Estados brasileiros. O amianto crisotila é matéria-prima para fabricação de telhas de alta qualidade, grande durabilidade e baixo custo, além de ser um produto 100% nacional.

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