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IBC responde ao The Guardian sobre vídeo que aborda a situação do amianto no Brasil


O Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) enviou um e-mail nesta segunda-feira (15/12) aos editores do jornal britânico The Guardian a respeito de um vídeo produzido pela publicação, tratando da situação do amianto no Brasil.

Postado em novembro, sob o título de “O custo humano”, o vídeo [clique aqui para assistir] apresenta depoimentos de trabalhadores, sugerindo que o adoecimento decorrente da contaminação pelo contato com amianto ainda acontece no Brasil.  Não há, contudo, qualquer informação sobre o fato de a ocorrência de doenças e mortes ter sido completamente erradicada, isto é, os casos de adoecimento mostrados no vídeo ocorreram antes do banimento do amianto anfibólio e antes do Brasil tornar-se referência em segurança no uso do amianto crisotila.  


Para o IBC, embora o vídeo tenha um forte apelo emocional e trate de um tema importante, que é a saúde dos trabalhadores na mineração e indústria, carece de qualquer informação objetiva e verdadeira sobre a situação do amianto no Brasil hoje. Sendo o papel da imprensa informar e o The Guardian um veículo admirado no mundo todo, o IBC vem a público prestar esclarecimentos e trazer informações não apresentadas na vídeo-reportagem produzida e publicada pelo respeitado jornal.


O Brasil possui uma das leis mais estritas do mundo regulando a exploração mineral e o uso do amianto crisotila. Trata-se de uma norma internacionalmente reconhecida por seu rigor no que toca a saúde do trabalhador, as relações trabalhistas e a qualidade e segurança do produto entregue ao consumidor.


As tristes e lamentáveis histórias de adoecimento mostradas no vídeo correspondem a casos de contaminação ocorridos antes da década de 1980, antes, portanto, da mineração do anfibólio ser proibida no país e antes do uso do crisotila ser devidamente regulamentado. 


O IBC entende assim que não é possível proceder com um debate sério sobre amianto sem fazer a distinção entre os anfibólios e o crisotila.  Estudos recentes contestam até mesmo o uso da terminologia “amianto” para enquadrar os dois tipos de fibra mineral no mesmo grupo, dadas as diferenças existentes entre o crisotila e o anfibólio.


O IBC defende o uso controlado do crisotila por uma razão simples: os riscos à saúde decorrentes do uso do crisotila na mineração e na indústria foram absolutamente erradicados. Isto é um fato, não é uma questão de opinião. Não apenas um volume incontestável de pesquisas científicas demonstra isso, como inexiste qualquer fragmento de dado que indique o contrário. 


Todos sabemos que a indústria faz uso de materiais de risco. Este é o caso do carvão, da sílica e do chumbo. Estes materiais podem ser usados dentro de padrões de segurança estritos. O que muda no caso do amianto crisotila, já que ninguém mais fica doente? A partir do momento em que se soube do potencial de risco à saúde causado pelo amianto, esta fibra mineral foi objeto de um controle cada vez mais rigoroso. Desde 1980, não existe um único caso de adoecimento decorrente da utilização do amianto crisotila. Novamente: este é um dado verificável e nada o contradiz. 


Vale lembrar que o amianto é um mineral natural presente em 2/3 da crosta terrestre e é disperso no ar independente da ação do homem. A ação da natureza promove mais liberação de fibras de amianto na atmosfera do que a ação humana. Todos nós respiramos naturalmente fibras de amianto. Para adoecer, a pessoa teria que aspirar um volume enorme de fibras por um longo período de tempo. O que não ocorre mais porque a segurança é total. 


Falando dos aspectos econômicos, cerca de 200 milhões de metros quadros de telha com amianto crisotila em sua composição são vendidos anualmente no Brasil. Em torno de 40% dos telhados brasileiros são cobertos por telhas que contém amianto em sua estrutura. É um mercado de R$ 3 bilhões de reais que gera 170 mil empregos.


Logo, é possível concluir que a covarde campanha difamatória contra o amianto crisotila esconde o real interesse por uma indústria bilionária.  


No vídeo, é mencionado o “lobby da indústria do amianto”. Porém, uma investigação séria acerca do tema demonstra que as empresas multinacionais interessadas no banimento são aquelas que fabricam fibras sintéticas, com materiais substitutivos feitos de polipropileno ou PVA. Não só esses materiais são mais caros e poluentes, como são de qualidade inferior e, ainda pior, tiveram o “risco indeterminado à saúde humana” reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.


Frente a isto, vale perguntamos: Por que trocar um mineral exaustivamente estudado, com os riscos à saúde conhecidos e controlados por uma tábula rasa? A quem interessa o banimento é a pergunta que jornalistas devem fazer, na visão do IBC.


No vídeo produzido pelo The Guardian, chega-se até mesmo ao absurdo de tentar associar a mineração de amianto com a ausência de democracia no Brasil durante a vigência da ditadura militar nos anos 1970. É uma tentativa esdrúxula, que demonstra o desespero de quem não têm mais argumentos para justificar uma cruzada irresponsável e baseada tão somente em histeria e desinformação.


Em outro o momento, o médico pneumologista Ubiratan de Paula Santos, da Universidade de São Paulo, diz que a segurança do crisotila “é uma falácia”, mas não oferece nenhum dado fundamentado dentro da ciência médica que justifique sua afirmação.  Pelo contrário, em uma comparação grotesca, sem qualquer respaldo científico, compara o amianto crisotila ao “cigarro light”. 


O IBC milita pelos valores de transparência e livre circulação de ideias. A saúde do trabalhador brasileiro é um assunto muito sério e deve, portanto, ser discutido com base em informações claras, objetivas, de fontes confiáveis, atualizadas e cientificamente respaldadas.

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