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Diário da Manhã desmistifica amianto em reportagem
O jornal Diário da Manhã, de Goiânia (GO), publicou na edição do
dia 17 de fevereiro a reportagem “Amianto sem mitos”, esclarecendo aspectos
controversos em relação ao asbesto e apresentando pesquisas que desmistificam o
uso do mineral. O texto afirma que, de acordo com especialistas, o
amianto crisotila só é prejudicial se explorado de forma inadequada. Mas, se
mecanismos mantiverem a fibra isolada do contato humano no processo de
extração, o amianto crisotila perde o risco de contaminação.
A reportagem destacou o estudo “Atividades de mineração e
extração de asbestos em um país em desenvolvimento: o impacto das fibras em
suspensão na área urbana”, que comprova que é totalmente possível manter as
áreas de exploração de crisotila e seus arredores totalmente seguros e livres
de exposição.
A química e higienista ocupacional, Rosemary Zamataro,
consultora do IBC, liderou o estudo que foi apresentado em Londres, Inglaterra,
durante o IPXI Inhaled Particles, congresso promovido pela organização
britânica de higienistas ocupacionais na Nottingham Trent University.
A pesquisa foi realizada em Minaçu, cidade do norte de Goiás
onde está situada a única mina de amianto crisotila em operação no Brasil e
terceira maior do mundo. A mina de Cana Brava é de propriedade da SAMA S.A.
Minerações Associadas, que extrai, beneficia e distribui o mineral para
empresas da cadeia de fibrocimento do Brasil e do exterior.
O estudo utilizou dados coletados entre 1991 e 2012 na região de
Minaçu para demonstrar a possibilidade da realização das atividades de
mineração de crisotila de forma responsável e comprometida, evitando a
dispersão de fibras no meio ambiente em geral. Foram analisadas 1.066 amostras
coletadas em 29 pontos diferentes de uma área de 2.861 km². A análise seguiu o
método RTM-2 (Recommended Technical
Method), padronizado pela AIA –
Asbestos International Association.
O processo é feito por meio de microscopia eletrônica de varredura,
método bastante utilizado e que permite medir o tamanho das fibras consideradas
respiráveis, coletadas sobre uma área de filtragem com 396,5 mm².
Nesse período, nenhuma das amostras superou o valor de 0,0551
f/mL, registrado nas regiões mais próximas à área de mineração. Nas fábricas e
na mina, para não expor os trabalhadores a riscos, o limite de tolerância é
abaixo de 0,10 fibras por cm³. Os resultados obtidos ao longo dos anos
mostram valores extremamente baixos com a tendência persistente de redução de
concentração de fibras no ar.
Os resultados no meio ambiente demonstraram que os valores
encontrados ao longo das duas décadas analisadas são até inferiores aos
resultados encontrados em diversos países, mesmo os que não possuem minas de
amianto.
O estudo conclui ainda que o cuidado com a não exposição dos
trabalhadores e com o meio ambiente é uma constante na SAMA – Minerações
Associadas. Do ponto de vista ocupacional, a empresa segue à risca a legislação
brasileira e cumpre com os preceitos da Higiene Ocupacional para obedecer ao
limite de tolerância estabelecido por um acordo celebrado por trabalhadores e
empregadores da cadeia do amianto crisotila há mais de 20 anos.
O diretor-geral da Sama S.A. Minerações Associadas, Rubens Rela
Filho, também é citado na matéria do Diário da Manhã em trecho sobre segurança
do trabalho e mudança na cultura de exploração do crisotila. Antes importada da
Europa e “inconsequente”, o manejo do mineral passou a ser regulamentado por
lei federal na década de 1990, passando para uma fase de exploração totalmente
consciente e segura desde então.
De acordo com Rela, “a cadeia produtiva (do amianto crisotila)
inteira tem que seguir as regras de segurança para garantir que a saúde do meio
ambiente e dos trabalhadores não serão afetadas”.
A reportagem, assinada por Thamyris Fernandes, também traz na sessão "Saiba Mais" algumas das dúvidas mais frequentes em relação ao aminto e que são importantes frisar.
Saiba Mais
• O amianto é encontrado na natureza, na rocha, de onde é
extraído com toda segurança, para não dispersar fibras no ar. Ele não é um gás,
nem produto sintético, assim como não é radioativo. Quando manipulado
corretamente é menos nocivo que petróleo e aparelhos de raio-X, por exemplo;
• Somente se uma pessoa respirar uma quantidade imensa de fibras
por muitos anos seguidos. Aí, sim, poderá contrair uma doença nos pulmões,
inclusive câncer;
• O processo de extração do amianto crisotila em Minaçu é
seguro. A legislação estabelece uma concentração no ar de, no máximo, duas
fibras por centímetro cúbico;
• Os próprios trabalhadores das minas garantem o uso controlado
do amianto. Além do governo, os próprios trabalhadores garantem o uso
controlado do amianto;
• A cadeia produtiva do amianto crisotila desde a mineração até
a revenda dos produtos derivados gera 170 mil empregos diretos e indiretos no
país;
• Beber água de caixa d'água de amianto ou usar telha desse
produto em casa, não coloca a saúde em risco. Não existe um só relato, no mundo
inteiro, de ninguém que tenha contraído doença por usar produtos de
fibrocimento com amianto;
• O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo,
concluiu em 2006 que as fibras de amianto crisotila permanecem, quando
quebradas, ligadas a duas outras matérias-primas das telhas de fibrocimento: o cimento
e a celulose.
Clique aqui para ler a reportagem conforme publicada no Diário
da Manhã.
Índice
- maio (1)
- março (4)
- agosto (1)
- julho (3)
- junho (3)
- fevereiro (2)
- janeiro (1)
- dezembro (1)
- outubro (6)
- setembro (3)
- agosto (2)
- julho (1)
- junho (3)
- maio (3)
- abril (3)
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